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domingo, 3 de julho de 2011

Semana Santa de 2011

Retrospectiva semana Santa chegando e os preparativos da torta capixaba já sendo providenciados. Em uma tarde tirei as casquinhas que vêm no siri desfiado, na outra, as casquinhas do carangueijo, limpei os sururus, os camarões o bacalhau e depois de tudo adiantado chegou o palmito fresco para cozinhar. Comecei a fazer a torta na quinta feira cedo, quando acabei de assar todas já eram três horas da tarde. Na sexta, família reunida , so faltava as saladas e o arroz. Foi ai que o bicho pegou, eu estava medindo a água do arroz como sempre( aprendi com Helena Sangirardi e só sei fazer medindo tudo), me distrai e coloquei o dobro de água que devia colocar. Voces já comeram pirão de arroz?Aqui todos comeram, errei feio. Caprichei na torta mas errei no acompanhamento.Mas no final, como tudo aqui em casa acabou bem, quem não se perdoa sou eu, pois sei ou sabia fazer um arroz muito gostosa.No ano que vem tomara que não erre na torta.........

quarta-feira, 15 de junho de 2011

FORAS DA SEMANA

Esta semana depois de ficar em casa trancada por causa de um tratamento de pele que me deixou parecendo um tigre, toda manchada , fomos recomeçar nossa ida semanal , almoçar em um restaurante. Estava tudo ótimo, ao lado da nossa mesa uma rurma animada , acho que de uma firma almoçava também. Quando acabaram o garçom trouxe pirulitos para todas, e eu só olhando. Antes de sairmos perguntei ao nosso garçom porque não ganhamos pirulitos também, ele disse que não sabia que gostávamos e nos deu vários. Comecei logo a saborear um mas notei que quase no final parecia que tinha papel, mas era chicletes, me vi doida com meus implantes todos cor de rosa e não havia pasta de dente que tirasse. Demorou mas saiu, ficou a lição, isto que dá ficar de olho no vizinho.

domingo, 5 de junho de 2011

Chazinho amigo

Ha tempos fui ter uma aula de artesanato com uma colega. Estava fazendo muito calor e logo que cheguei, ela muito gentil me ofereceu suco, refrigerante e café, como eu recusei tudo ela me perguntou se eu queria um chazinho de capim cidreira, achei que ela estava gozando com minha cara e fiquei um pouco cheteada, a aula começou e eu sempre preocupada com o oferecimento da colega.
Mais tarde a filha da sra. Chegou e muito alegre comentou, sabe o que eu vim pensando no caminho de casa? Quando chegar La vou tomar um cha de cidreira geladinho. Meu espanto foi grande,pois descobri que elas tinham este habito e adoravam.
È bom para eu aprender a não julgar ninguém, aprendi!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Em uma quarta feira qualquer de uma semana, estava dormindo com o Sr meu marido, quando ouvimos um verdadeiro estrondo. Como já fomos assaltados pensamos logo no pior. Acordei com Raul perguntando ,Heny, que barulho foi este? ,sem abrir os olhos fui logo esclarecendo que estava dormindo como ele. Enquanto eu pensava que havia caído um abajour ou qualquer coisa da mesa de cabeceira ele pensavava”depois contou” que os cupins tinham comido tudo de dentro do armário e tudo tinha desabado.
Receoso Raul abriu a porta do quarto,vou explicar uma coisa: na parte de cima de minha casa , tem uma sala com uma porta que separa os quartos e o banheiro. Neste hall tem cinco portas, uma de entrada, uma para meu quarto,uma para o banheiro,uma para o quarto de hospede e uma do quarto de Luciana, entenderam? Quando abriu a porta do nosso quarto foi logo perguntando a Luciana que barulho foi aquele, ela demorou a responder, mas enfim falou: quando saia do banheiro ao envez de ir para a porta do quarto dela, como estava com os olhos fechados , foi com tudo na nossa porta. Quase quebrou o nariz. Tudo bem ai quem perdeu o sono foi eu o susto me deixou alerta, só espero que daqui para frete ela abra o olho quando voltar do banheiro!

sábado, 21 de maio de 2011

Um sábado como os outros, um pouquinho de frio para temperar e fiz tudo o que pretendia fazer. Ensopei um frango (quase queimou), fiz polenta, quiabo, arroz de lentilha, servi o almoço...como não deito após comer, tenho refluxo, fiquei bordando e fazendo palavras cruzadas para passar o tempo. Quando vi que não agüentava mais manter o olhos abertos e fui deitar. Ai que veio a melhor parte do sábado. Sonhei que estava na casa da Santa Clara e tinha ficado em casa enquanto Raul levava as duas filhas que eu tinha à praia. Elas chegaram e nem ligaram para mim... ai eu pisei nas tamancas e falei:vêm me dar beijo contar o que fizeram e dizer que me amam.

Na verdade, nunca agi assim. Nem meus filhos! Então, fiquei pensando quando acordei e ainda com os olhos fechados, vou escrever no meu blog. Elas podiam ter dito: nós não pedimos para nascer, porque temos que te amar? Pediram sim, na hora do "hora veja" foram correndo e competindo com os outros espermatozóides querendo fecundar óvulo. Deviam ter ficado lá trás e morrerem no sanitário. Eu não escolhi os filhos, aceitei todos do jeito que vieram e estão até hoje.

Quando estava grávida, levava o bebê aonde ia e se pudesse deixaria ele dentro de uma gaveta para sair com uma roupa elegante, mas não, ia ao banheiro,levava ao super mercado e onde fosse, vocês estavam comigo. Agora têm que me agüentar um pouquinho. Às vezes, me meto um pouqinho na vida de vocês, mas é porque quero o melhor para cada um. Estou cozinhando, lavando, andando na rua e me pego pedindo à Deus proteção para vocês. Chego a ser chata, não sei fazer muito carinho, esta é minha forma de dizer que amo vocês demais e, se pudesse, tudo de ruim que acontece com vocês que viesse para mim, eu agüentaria sorrindo. Obrigaga por estarem na minha vida, obrigada por me compreenderem e me amar mesmo que seja um pouquiho. AMO VOCES!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Há uns dias estava em Guarapari e notei que Raul estava muito pensativo, perguntei o que era e ele disse: tenho muito medo de Neusa morrer.


Minha santinha querida

Faz uns três anos que eu perdi uma lembrança de mamãe,uma jóia que ela havia me dado... e de todas as jóias que tive esta sempre foi a minha preferida. Estava arrumando um armário que tenho na sala, onde guardo minhas contas, cartão de vacina, álbuns e carteiras antigas. Em uma destas carteiras tem um santinho da morte de mamãe, novenas e carteira do INSS. Nesta carteira tem uma divisão com zíper, onde eu guardava esta jóia, uma Nossa Senhora, Imaculada Conceição, com um laço de filigana sobre ela, com uma argolinha para colocar no cordão. Minhas irmãs devem lembrar bem desta jóia, que papai deu para mamãe e que ganhei dela. Estava sem poder usar, porque a argolinha quebrou, deixei que ela ficasse guardada nesta carteira dentro da divisão com o zíper. Fui arrumar a carteira e deixei a santinha cair, estava na sala, eu e um ajudante que tínhamos muito antigo. Por mais que procurasse não conseguimos achar. Pensei com meus botões, se este rapaz não fosse de toda confiança, ele sendo evangélico, podia dar fim a minha Santinha. O rapaz meses depois sofreu um acidente e faleceu, e eu sempre que pegava a carteira ainda olhava se eu não tinha me enganado e que talvez a jóia tivesse ainda ali guardada.

Hoje três anos depois ia sair e fui fechar a janela do meu quarto do computador. Quando entrei no quarto notei um papel dourado no chão perto da cama, me abaixei para pegar e jogar fora, quando peguei no papel não acreditei no que estava vendo, era minha Santinha caída no chão. Fiquei emocionada, foi como se achasse um tesouro perdido. Ainda não entendi como depois de três anos achei minha Nossa Senhora longe de onde havia perdido e sem entender de onde ela saiu. Hoje, só mexi no armário do quarto para pegar uns riscos que preciso sempre para riscar meus panos da cheche. Já arrumei este armário várias vezes, sempre que vem muita visita desocupo parte do armário e nunca achei nada. Estou muito muito feliz, acho que mamãe esta de olho em mim, graças à Deus.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Bodas de brilhante de Odete e Silvino

Ontem fomos festejar com eles esse dia tão importante. Logo na chegada tiramos uma foto junto com o casal, que por sinal, como sempre, muito elegante e alegres.

O padre iniciou a cerimônia cantando uma música e logo depois fez a renovação dos votos. Quando disse que os noivos podiam se beijar, eles não perderam tempo. As mesas com um lindo arranjo de rosas e um castiçal com uma vela estavam um charme. Os salgados variados e gostosos eram oferecidos o tempo todo.

Perto de onde estava o conjunto tocando músicas saudosas, tinha um telão onde passava o tempo todo fotos da vida do casal, seus filhos , netos e bisnetos. Por mim, ficava olhando aquelas fotos o tempo todo, eram muitas recordações. Tinha uma foto de Odete com uma blusa, tipo cigana, lembro que um dia ela ia saindo de casa na Santa Clara, ela estava com aquela blusa e uma saia godê rodela, que estava na moda. Eu, lá no meu quarto, notei falta de uma anágua que eu tinha cheia de bordado inglês, desci as escadas correndo e encontrei Odete ainda na varanda. Pedi para ela tirar minha anágua, apesar dela pedir para sair com ela, pois as dela estavam para lavar. Eu sabia que o botão que prendia na cintura tinha caído e La ainda não pregara outro, não teve jeito teve que tirar saia ali mesmo na varanda, saiu murchinha. Eu era muito brabinha. A vida me ensinou a ser mais maleável, mas demorou.

A festa foi perfeita, não podia ser melhor. Só teve um probleminha, minha sandália estava apertando tanto o meu pé que por pouco não tirei a bendita e escondi embaixo da mesa. Agüentei mais um pouquinho, quando cheguei em casa a coisa tinha feito dois vergões no meu pé que estavam quase sangrando. Quem gostou foi Fran que ganhou uma sandália novinha, que faça bom proveito. Daqui a três anos, se estiver viva, vai ser minha vez de fazer bodas de brilhante, será que chego lá?

segunda-feira, 28 de março de 2011

Tireoide

Comecei a emagrecer, apesar de estar me alimentando muito bem, em um mês perdi sete quilos. Muito desanimada e me cansando com pouca coisa, fui ao médico, que me mandou para um neurologista, que me receitou calmantes. Quando cheguei em casa Raul falou que eu não ia tomar nada que o médico receitara.

Lembrei que mamãe gostava muito do médico que tratara dela, fui a ele, que pediu vários exames. Fiz todos e nada acontecia, pediram exames dos rins, tudo estava bem. Foi aí que ele começou os exames para tireóide, com isto já haviam se passados seis meses. Fui a um especialista que me receitou um remédio que comecei a tomar logo. Mudei para um médico em Vila Velha e ele disse para eu continuar com a mesma dose mas pelo certo devia ter pedido outro exame.Fui inchando, meu cabelo virou pico e os meus olhos que eram bem pequenos,esbugalharam. Tive que parar de der aula de pintura pois um Médico de SP falou que eu estava com alergia a tinta. Dois meses depois que parei com as aulas, encontrava minhas alunas no supermercado e elas não me reconheciam, nem eu me reconhecia quando me olhava no espelho, o que evitava fazer.

Fui fazer tratamento em SP, aqui não faziam os exames que eu precisava, quando voltei fui a uma médica indicada pelo medico de SP, ai é que a coisa ficou feia mesmo... ela começou um tratamento a base de hormônio, que era o que eu mais tinha. Na minha perna apareceu uma mancha vermelha que parecia uma ferida cicatrizada, quando eu ia a algum médico eles perguntavam se havia feito exame de hanseníase, tudo resultado da dita cuja.

Fui procurar um professor das meninas que elas falaram que era ótimo médico. Foi a minha Sorte, ele ficou admirado do estado da glândula, começou o tratamento,ficou tão preocupado que ligava várias vezes durante o dia para saber como eu estava reagindo, foi o melhor médico que já tive.

Comecei com doze comprimidos, ele dizia que tinham passado minha tireóide na maquina de moer e foi difícil reconstruir! E eu fui diminuindo até chegar a meio comprimido por dia. Quem estiver em dúvida do que tem se for tireóide providencia logo, não desejo a ninguém!

domingo, 27 de março de 2011

Esta semana vi no noticiário que operaram um joelho são por engano e lembrei que quando morávamos em SP, Raul foi extrair um dente que estava com problema, chegando no consultório o dentista passou mertiolathi no rosto dele, colocou as luvas e extraiu o dente do lado que estava bom. Raul ficou danado da vida mas teve mesmo que mudar de dentista.

Tenho cá minhas manias, quando começo a fazer pão, faço de todas as qualidades que sei. Ás vezes, vejo filmes sem parar. Mas também tenho algumas manias boas. Estou na fase de variar o máximo possível as comidas de todo dia. Não agüento mais Raul chegar na cozinha todo dia e perguntar,quem vem almoçar aqui hoje? É que estou lembrando de variedades que há muito não faço, mas é preciso paciência, são boas manias.O pior que com estas comidas como mais e a balança esta subindo.

Quando mudei para Vitoria só tinha missa no Santuário em Vila Velha, parei de freqüentar a igreja e me acomodei e assim fiquei por muito tempo. Comecei a ir novamente quando a Igreja aqui perto de casa foi inaugurada, ia à missa e quando acabava vinha para casa sem encontrar uma pessoa conhecida. Depois que vendemos o sítio, fui me oferecer para bordar para a creche Frei Aurelio,foi a melhor coisa que fiz. Quando saio da missa agora encontro tantas conhecidas que tenho que me apressar para vir para casa. Na quinta feira quando chego no salão os cumprimentos são calorosos e quando falto reclamam, é muito bom você saber que notam sua falta e festejam sua presença. Melhor ainda quando alguma das colegas fala ,Deus te abençoe, depois que mamãe morreu não ouço isto com muita freqüência e sinto falta.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Enquanto as aulas não começavam ficamos passeando pelo Rio. Nosso almoço era sempre na Colombo que embaixo era confeitaria e em cima era um belo restaurante com música ao vivo. A comida era muito boa como também o serviço e era um lugar próximo do hotel. Cada dia mamãe convidava um parente e o nosso almoço era sempre animado. Atualidades
A primeira vez que fui ao Rio de Janeiro, foi quando fui para o internato. Chegamos lá mais ou menos na hora do almoço, quando o táxi que nos levava para o hotel passou por um cinema que estava passando um bom filme. Logo que chegamos ao hotel telefonamos convidando um primo para nos fazer companhia, ele aceitou e disse que viria nos encontrar. Almoçamos rápido e fomos para a portaria mas ele demorou muito e resolvemos ir logo. Assistimos o filme numa boa, quando voltamos para o hotel mamãe e papai estavam super preocupados nos procurando, acharam que tínhamos nos perdidos.

terça-feira, 22 de março de 2011

a Tv "nova"

Atualidades:
Temos uma TV de 29 polegadas na cozinha, que é o lugar mais freqüentado da casa. A TV deu defeito. acho que ela saturou com tanta gordura, foi para o conserto. No dia que o técnico estava trazendo ela caiu no chão e já viu, acabou! Como estava muito usada, Raul falou para o moço deixar para lá que estava tudo bem. Passados uns dias chegou outra TV para a cozinha, o técnico disse que esta estava lá há muito tempo, mandaram consertar e não foram buscar. Faz mais de ano que aconteceu e a TV esta aqui dando conta do recado. Semana passada apareceu um probleminha, achei ótimo, assim Raul compraria uma TV moderna e a beneficiária seria eu, pois meu reduto é a cozinha! Mas a danada ressuscitou, está firme e forte! Vou esperar mais um pouco, depois vou dar um jeito nela para sumir de vez.

segunda-feira, 7 de março de 2011

o Furo

Desde que eu morava em São Bernardo comentava que queria que meu enterro fosse animado, com muita música! Não musica de velório, mas aquelas que eu gostava de ouvir. Pedi a Luciana e Raulzinho para fazerem a seleção e, ás vezes, falava essa música que esta tocando põe na gravação do meu velório. Falei para Luciana que ela levaria a gravação e não deixaria de colocar para todos ouvirem mas ela falou que vai colocar um walkMam no meu ouvido no caixão e assim eu ouço o que eu quero. Diante desta atitude dela, acho que meu enterro será sem graça, como todos os outros não vai valer a pena.

Numa época de minha vida fui a um medico e ele disse que eu estava com um caroço no seio e que precisava operar com urgência. Um irmão de Raul, que mora em SP, quando soube telefonou para irmos pra lá, resolvemos ficar por aqui. Raul disse que se sentia viúvo. No dia das mães anterior a operação tiraram retratos o tempo todo e eu só observando....

Dia da operação, exames de risco cirúrgico prontos, familia toda no hospital. Fui para o centro cirúrgico e lá além do meu medico, um especialista em mama que depois que me examinou e falou que não era caroço, mas só gordura. Esse médico que assustou todo mundo deu o maior furo.

No mesmo dia quando estava em casa tranqüila, depois da decepção sem operação, veio um colega de Raul nos convidar para comermos muqueca de lagosta para comemorarnos que tudo tinha dado certo. Foi muito bom este convite e sou grata a ele por esta delicadeza!

sábado, 5 de março de 2011

As mudanças de Mônica

Mônica e Francesca sempre dormiram no mesmo quarto e Luciana no outro menor com Leina. No dia que Mônica marcou o dia do casamento, quando saiu para dar uma volta, encontrou tudo mudado. Luciana estava querendo ficar com o quarto maior há muito tempo e não perdeu a chance. Precisava ver a revolta de Mônica quando voltou e viu que foi transferida rapidamente para o outro quarto. Falou: "nunca pensei que estivessem com tanta pressa para pegar o quarto", ás vezes ainda fala sobre isso.

Quando Mônica mudou para o Rio Grande do Sul, achei que ela ia gostar, mas me enganei. Logo que chegou lá, estranhou muito, no telefone se notava que ela não estava bem. Foi para lá em janeiro.

No aniversário dela, em fevereiro, quando conversamos pelo telefone, perguntei o que ia fazer de diferente e ela disse: "vou à aula de inglês, estamos com pouco dinheiro", falei "faz ao menos um pic nic, qualquer coisa para não passar em branco". Desliguei o telefone e falei, "Raul, Mônica não esta feliz, está muito triste", é ai que ele me surpreende, como sempre! "Pergunta se ela quer voltar, vou lá e trago o carro dela com tudo que está dentro como quando ela saiu daqui". Ela aceitou. Ela e Thaissa vieram de ônibus e, conforme prometeu, Raul foi buscar o carro. Quando ela saltou do ônibus não dava para reconhecer, estava magra com o cabelo descuidado e escuro. Foi muito bom ela ter voltado. Duas semanas depois que chegou, uma amiga nossa que estava aqui em casa falou, "Mônica mal chegou e meu vizinho está apaixonado por ela".

Começou a namorar e ficou com ele muitos anos.
Começou a produzir vídeos para propaganda, depois se firmou como fotógrafa. Sempre trabalhou muito, mas mesmo no trabalho arranjava tempo para se divertir como até hoje faz!!!!

sexta-feira, 4 de março de 2011

As saídas dos filhos

Raul estava viajando e quando isto acontecia eu me sentia muito responsável com as crianças. Sábado, Mônica e Francesca saíram para o Vila, um bar onde a moçada se reunia. Falei que queria que voltassem até a meia-noite. Fiquei esperando na sacada lá de cima, deu meia-noite e trinta e nada! Eu rezava e esperava. Quando deu duas horas ouvi as duas entrando e dando risada,fui logo querendo saber como tiveram coragem de ficar até aquela hora na rua e elas na maior certeza que estavam agradando falaram, nós estávamos com Zorza, sentadas na beirada da calçada do Mug, conversando e contando piada. Como eu dentro de casa super preocupada podia imaginar que isto estivesse acontecendo?

Perdi uma noite pensando tudo de ruim que pudesse estar acontecendo, prometi a mim mesma, não espero ninguém mais quando sair, peço para Deus dar uma olhada e se tiver que acontecer algo vai acontecer estando eu acordada ou dormindo.

Zorza pediu o carro para sair sábado á noite, como sempre, Raul emprestou fazendo mil recomendações! Mas com o Zorza as coisas aconteciam, por mais cuidado que ele tomasse. Estávamos dormindo quando por telefone ele avisou que tinha batido o carro na Praia do Canto. Ainda bem que não machucou ninguém, mas o susto foi grande.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ladrões X Fran X bagunça

Quando chegava perto do carnaval, Mônica e Francesca se animavam para ir para Iriri, onde elas gostavam de brincar. Nem uma das duas era muito fã de música sertaneja. Na casa que elas ficaram tinha uma turma grande de campos e eles colocavam música de Chitãozinho e Chororó o tempo todo, de tanto ouvir acabaram gostando. Voltaram do carnaval cantando coisas que eu nunca tinha ouvido elas cantarem. Enquanto elas estavam apreciando os sertanejos e bricando no carnaval, Thaissa ficou comigo, mesmo com os protestos de Raul, que queria que Mônica ficasse com ela sem direito a se divertir, mesmo tendo só vinte e dois anos.

Como ele emburrou, eu e Tati ficávamos na nossa, acordávamos e logo íamos para a piscina, onde só saíamos para almoçar, voltávamos para a água, pois o calor era demais e ficávamos ate aparecer as estrelas no céu. Foi um carnaval ótimo, tranqüilo e molhado.

Tínhamos um amigo que tinha um sítio, quando íamos para lá, Francesca ficava sozinha aqui em casa. Um sábado pela manhã quando acordou, viu que tinha um estranho no quintal, ligou para o namorado, que ligou para a policia. Quando a policia chegou, o cara já tinha sumido! Eles entraram em casa para ver se tinha alguém, quando acabaram de constatar que não havia ninguém falaram, "só tem um quarto lá em cima que esta todo revirado com roupa por toda parte", nas eles não sabiam que Francesca, antes de sair, trocava várias roupas até se decidir com qual sairia, era bagunceira mesmo, ela disse era naquele quarto que ela estava e que ali ele, o ladrão não entrara. A policia foi embora e, depois de pegar alguma roupa, foi para a casa do namorado nos esperar, pois voltamos logo que soubemos do ocorrido. Quando chegou no quarto, notou falta do relógio e dos óculos esporte, mas foi aconselhada a não reclamar pois podia haver confusão.

Passados uns dias andando no calçadão viu a dupla que estivera aqui no dia do ladrão, um deles estava com o óculos e o outro com o relógio, é claro que ela passou longe deles. Hoje em dia, quando ela reclama que as crianças dela são bagunceiras, fico só olhando para o pé dela mas ela nem se toca.

terça-feira, 1 de março de 2011

Filhos e suas surpresas

Francesca estava animada, uma colega dela estava fazendo anos e ela ia ao aniversário. Neste tempo, ela tinha o cabelo natural, ligeiramente ondulado. Eu havia comprado um carro usado, um corcel, para emprestar para quando as crianças precisassem sair. Eu e Luciana fomos levar Francesca atá a casa da aniversariante que era em Vila Velha, só que quando ela saltou do carro uma barata voadora foi se meter dentro do cabelo dela. Falamos logo "uma barata no seu cabelo", ainda bem que não foi na roupa, acho que ela tiraria tudo ali mesmo. Depois que conseguiu se livrar do inseto foi para o aniversario bela e faceira, mas nos no carro não parávamos de rir.

Na Copa de Setenta estávamos todos reunidos em nossa casa em São Paulo, quando nos últimos minutos da decisão, Raulzinho resolve soltar um rojão, foi para a janela do quarto, mas ao em vez do foguete subir, ele veio para o corpo dele, parecia que ele havia levado uma facada. Para eu e Raul a Copa acabou aquela hora, fomos levar Raulzinho para o pronto-socorro, mas depois de medicado ficou bem.

Mõnica e Francesca dormiam em uma bicama, Mônica dormia na de baixo. lá em casa estava aparecendo um camundongo, resolvi colocar uma ratoeira para pegar o bichinho. Com medo das crianças se machucarem, arranjei um lugar bem escondido, embaixo da cama de Francesca. No dia seguinte tinha esquecido da ratoeira, estava na parte de baixo da casa, quando vi um foguete que era a Mônica passar correndo e chorando do meu lado. Ela acordou e viu o ratinho na ratoeira perto da cama dela, ela ria e chorava ao mesmo tempo. Até hoje, quando lembro disso tenho que rir, o horror que estava na carinha dela era demais.

Leina nasceu e, passado uns dias, o leite de Luciana diminuiu, ela veio perguntar o que devia fazer, falei para ela engrossar o leite com maisena, assim ela fez! No dia seguinte, estava na cozinha e vi que ela colocava o leite na mamadeira, juntava o açúcar e a maizena, sacudia bem e ia subindo a escada. Perguntei: você não vai deixar a maizena cozinhar? Ela falou: a senhora não me avisou, estou dando assim e Leina esta gostando. Ainda bem que ela não sentiu nada mas gozamos muito com a Luciana.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Risos nas aulas de pintura

Sempre arranjamos ajudantes colocando anuncio na Gazeta. Estavamos precisando de uma pessoa para nos ajudar, quando tocou o telefone e fui atender. Era uma mulher muito educada, dizendo que tinha prática do serviço mas que tinha um problema, desconversei, achando que fosse filho pequeno, querendo sair mais cedo, essas coisas, mas ela disse que era melhor eu saber logo qual era o problema dela, perguntei afinal qual era, ela disse é que eu gosto de dormir com o patrão. Fiquei parada com o telefone na mão sem ação, foi quando desliguei e contei para as pessoas que estavam aqui.

No dia seguinte, na hora da aula de pintura comentei sobre o telefonema e todas deram risada. Depois de mais de mês, vi que uma aluna muito antiga estava dando muita risada com outra, perguntei o que era e a danada da Zezé disse que quem passou o trote foi ela, que estava olhando os classificados e não resistiu, que teve que se controlar muito para não contar quando contei na aula. Falei para ela que ia contar para Raul e ela morria de medo que eu fizesse isso. Tinha uma aluna que começou a contar a lua de mel dela mas ela ria mais que todo mundo. Disse que o desastre já começou no avião, ela entornou sem querer um copo de limonada no passageiro da frente. Quando chegaram no hotel ao em vez de passar desodorante íntimo, errou e passou o comum, disse que dava pulos de mais de um metro de altura. A aula virava bagunça todo mundo ria muito. Uma aluna estava comentando que queriam trocar o nome da rua que era o nome do marido dela que tinha fundado o bairro, por um cara que ela nem sabia de onde tinha vindo, que ia na prefeitura reclamar! Foi quando a colega do lado dela falou, estão querendo trocar pelo nome do meu marido que morreu e era um militar. Quem ficou muito sem graça foi a aluna que estava reinvidicando que o nome não fosse trocado, a outra não se ofendeu.

Um dia chegou uma aluna com o cabelo enrolado com bobies durante a aula começou a aparecer moscas no atelier, aquela aluna da lua de mel começou a rir e falou seu cabelo é que está trazendo moscas, ela tinha enrolado o cabelo com cerveja e era isto q eu estava atraindo os insetos. Tudo era motivo de riso , quem viesse com problema esquecia tudo. Tinha uma baiana que parou de ir ao psicólogo porque ele disse que a aula era melhor que qualquer tratamento. Não quero voltar nem um dia de minha vida , mas se fosse obrigada queria voltar àquelas aulas divertidas.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pirraças

Gostava muito de ver um programa em São Paulo de um Padre que dava uns conselhos muito bons. Ele falava, quando você sair com uma criança, é claro que vai estar segurando na mão dela, mas quando passar por uma vitrine, se ela estiver olhando as coisas expostas pare e deixe ela apreciar o que está vendo. Para você talvez aquilo não seja interessante mas visto do ângulo dela deve ser. Pare um pouquinho, ela vai gostar muito.

Quando saia de casa com meus filhos avisava, não é para pedir nada na rua e se chorar vou dar um beliscão embaixo do braço que é o lugar que dói mais. Ia a todos os lugares que precisava, quando queria comprava alguma coisa para eles, não precisei dar o famoso beliscão. Um dia fui com uma neta a um supermercado e avisei, não peça nada, o que eu puder eu compro. Não deu outra,logo que chegamos ela foi pedindo biscoito, falei que no final compraria, ela emburrou e começou a chorar alto e a fazer pirraça. Fui chegando perto dela e avisei "se você não parar eu vou embora e você vai ficar ai, não vou passar vergonha por sua causa". Fui lá para fora do supermecado e ela lá dentro chorando, quando viu que eu ia embora resolveu parar. No final, como havia prometido, comprei os biscoitos que ela queria. Isto porque, quando eu casei, vindo de Colatina para Vitória de trem, vi uma criança que queria guaraná e a mãe não deu se jogar no meio do trem fazendo a maior pirraça. Pensei comigo, eu não vou deixar filho meu me fazer passar esta vergonha. Até hoje eles se comportam muito bem senão vai um beliscão embaixo do braço, dói pra xuxu.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Férias em vitória

Eu e Anna sempre amigas e conversando sempre pelo muro do quintal. Raul vendeu o Chevrolet e comprou um Vanguard, um carro que dava mais trabalho que serventia. Viemos passar as férias em Vitória.

Quando chegamos no Morro do Côco o carro não andava de jeito nenhum, tinha muita lama e, além de atolados, estávamos ficando sem bateria. Isso tudo com o carro com sete pessoas dentro às dua horas da madrugada. Estávamos pensando que teríamos que esperar o dia amanhecer mas passou um caminhoneiro que rebocou nosso carro e saímos daquele sufoco.

Quando íamos chegando na praia da Costa a qualquer hora tomávamos um banho de mar era o mais queríamos. Neste ano que Monica nasceu foi pó ano da revolução, Raul foi em casa me buscar e fomos paraa cooperativa comprar mantimentos, não sabíamos como ia ficar a situação e fomos logo nos garantir, o transito parecia véspera de Natal para todos os lados carros que não acabavam. Ainda bem que foi mais susto.Vendemos o carro para Nevio e compramos uma Kombi nossa turma estava muito grande e não teve outro jeito.

Anna ganhou uma Máquina de costura fez o curso e começou a costura para varias conhecidas, eu costurava de alegre mas ela era pra valer. Usava o cinto igual ao vestido, do mesmo tecido e Nevio ficou com a confecção dos cintos . Neste ano fiz cirurgia de períneo, foi dureza, fiquei uma semana no hospital , so via Raul à noite quando chegava para dormir e me fazer companhia, era muito ruim não ter ninguém durante o dia todo. Convidamos os pais de Anna para irem à Vitoria passar as férias, viriam e voltariam conosco . Ficaram hospedados na casa de mamãe que gostava muito deles.

Quando estávamos voltando , Nevio e a família estavam de férias e resolvemos que a kombi daria para todo mundo . quando chegamos no Rio passamos da saída para SP Nevio falou para passar sobre o canteiro,mas o guarda viu, nos parou e não queria que continuássemos a viagem, depois de muita conversa e com pena daquela confusão nos liberou, carro com treze pessoas em plena Av. Brasil às três horas da tarde ,muito calor e cansaço.

Durante a viagem para distrair as crianças cantávamos contávamos os caminhões fazíamos advinhações, mas tinha uma hora que começavam as briguinhas “ quem ia dormir no edredom que arrumávamos La atras do carro “ nessa hora eu avisava quem começar abrigar pode desces do carro que vai ficar na beira da estrada e vamos embora, é claro que não acreditavam mas ficavam mais calmos.

Nas férias como todos os filhos de D Rosa estavam em Vitoria íamos a todos passeios, Camburi que so tinha mato Carapebus era tudo de bom com aquela lagoa de água quentinha. Iamos a Guarapari, nova Almeida e sempre com a turma toda,quase não ficava na casa de mamãe, hoje vejo que devia ter ficado mais com ela . Um dia das férias tinha um jantar na casa da tia de Raul era quando nos arrumavamos mais e era muito gostoso principalmente por Tio Moacyr que era uma pessoa muito querida.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Final feliz para mim

Luciana casou com um rapaz que conhecia há muito tempo, mas o casamento só durou uns dois anos. Graças à Deus veio morar aqui em casa!! Diz que morar aqui não é monótono, pois estou sempre brigando, tem que agitar, água parada cria limo.

Francesca demorou quase dois anos para nos falar que o seu casamento não estava dando certo, mas quando decidiu foi para valer, não adiantou interferência de ninguém. Ela passa seus perrengues mas vai levando. Sempre trabalhando muito. Antes de sair para trabalhar, deixa o almoço pronto para as crianças.

Raulzinho continua firme com Beth, Zorza depois que se separou continua solteiro.

Minha vida continua a mesma, calma e caseira, mas eu gosto dela assim. Temos um AP em guarapari, ás vezes vamos passar uns dias lá, é quando passeio mais, ando bastante. Continuo lendo muito apesar da vista estar cansada, mas viver sem ler não dá.

Retrospectiva

Faz uns anos que parei de dar aula de pintura. Com isto, quase não pinto mais. Continuo gostando de cozinhar e me distraio bastante. Toda noite bordo um pouco, enquanto a TV está ligada.

Minha maior diversão é ir a SP gastar dinheiro na 25! Aqui em Vitória, vou à missa aos domingos e ao supermecado. Não gosto de ir à casa de ninguém, mas gosto que venham aqui.

Mônica se firmou como fotografa, mas esta querendo fazer outras coisas, vamos ver o que vai aprontar. Raulzinho continua com a firma dele depois que saiu do Banco. Luciana continua como dentista, mas gosta mesmo de ajudar os outros. Zorza, tatuou Zorza no braço que é para se esquecer do seu nome, mora no Rio e continua carinhoso. Quando vem aqui me acompanha até a igreja quando vou à Missa.

Fran continua minha pequenininha e faz questão de não crescer, graças a Deus.

Continuo morando na Hugo Musso, daqui não sei para onde irei, mas qualquer lugar é bom quando se tem uma família como a nossa.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Comentarios

A melhor coisa de postar um blog, não é o que a gente escreve mas o que se lê nos comentários que as pessoas colocam.

Para mim é total alegria ver que alguém se preocupa em ler e comentar. Obrigada pela atenção e pelo carinho, estou com tudo e não estou prosa.

Beijos e mais uma vez obrigada pela alegria que estão me proporcionando.

Minhas netas e meu neto!

Melissa: Minha primeira neta, sempre muito independente, gostava de organizar as brincadeiras e as danças. As menores faziam o que ela queria e se divertiam muito. Sempre boa aluna , passou no vestibular e começou a fazer Direito e Ciência da Computação, estava ficando muito cansativo... parou a Ciência e ficou só fazendo Direito. Logo que se formou passou na OAB e em seguida fez concurso e passou. Começou a trabalhar e resolveu morar só. Beth protestou, mas ela insistiu e está contente no seu apartamento. Mudou de religião e esta contente e se realizando profissionalmente. Sempre muito atenciosa e carinhosa não precisa mudar em nada, pode continuar a ser sempre assim. Para mim está ótimo.

Leina: esta neta quando nasceu, sua mãe morava aqui em casa e nos apaixonamos por ela. Era muito engraçada, com quarenta dias de nascida ia para o consultório e lá passava o dia em uma caminha improvisada. Começou a andar com nove meses e quando começou a entrar na piscina aprendeu logo a nadar. A tristeza maior foi quando Luciana resolveu mudar para o Pará. A falta que sentia delas era demais, não gostava nem de pensar muito pois a tristeza vinha logo. Tenho uma fita que ela gravou quando estava lá e mandou para mim, acho que ela não lembra, tinha só cinco anos. Sempre estudiosa, como todas as outras netas, fez medicina, mora em São Paulo,e sua especialidade é cardiologia pediátrica. Sempre carinhosa. Amo minhas netas!

Carolina,mais conhecida como Carol: muito linda desde pequena, era muito de observar e falar pouco, talvez porque as outras primas falassem demais e ela não falava, mas prestava atenção. Sempre muito estudiosa passou para fazer medicina e quando acabou a faculdade foi para Cachoeiro fazer residência. Um dia estava fazendo companhia a outra Vó, quando ouviu uma propaganda que dizia que quem fizesse a melhor biografia de uma cantora americana, ganharia uma viagem as estados Unidos para ver o show da tal cantora. Naquela semana, por coincidência, ela havia visto muita coisa sobre a cantora, começou a escrever e mandou para concorrer. Ganhou e foi para assistir o show. Isto é que é sorte! Esta morando em Uberlândia, diz que talvez não volte definitivamente pois lá tem mais oportunidades, mas sempre que pode vem ver os pais e as colegas que ficaram aqui.

Thaissa: desde pequena foi muito chegada aos avós. Às vezes estava arrumando uma gaveta e ela só mexendo nas coisa guardadas, ai falou : Vó quando você morrer deixa estas coisa para mim de herança? Achei graça, acho que ela nem lembra. Ela ficava ao meu lado quando eu costurava e todas ás vezes que a máquina precisava ser enfiada ela era que enfiava as agulhas muito rápido! Sabia ate olear a máquina overloque. Gostava muito do sítio! Um dia tinha acabado de tirar uma fornada de pão e ela comeu muito pão quente mas não conseguiu dormir á noite, teve problema no intestino. Fez comunicação, desde pequena tudo o que pegava para brincar virava um microfone, brincava de jornalista o tempo todo. Mora em São Paulo, está com planos de mudar este ano para o Canadá, não sei como vai agüentar ficar tão longe, morando em SP já sente muita falta de todos, imagina indo tão longe. Adora um cafuné e quando vem a Vitoria não dispensa uma sessão .

Igor. Igor não, IGÂO: é o neto mais carinhoso que alguém pode desejar. Obediente atencioso, tudo de bom. Adora um capeleti, mas não gosta de camarão. Como gosta muito de empadão, quando vem procuro fazer as comidas que ele prefere. Mas outro dia esqueci que não come camarão e o recheio de empadão era este. Foi uma pena, mas no dia seguinte saiu um de frango . Quando esta aqui faço lanche antes dele sair com os amigos e geralmente ele quer hamburguer, queijo e ovo dose dupla. Fica por perto o tempo todo, só sai um pouco á noite. Quando vai embora sentimos muito sua falta. Mora em Belo Horizonte, está acabando a faculdade de Sistema da computação, começou a gostar de ler há pouco tempo, agora tem sempre um livro de reserva para quando acabar o que esta lendo! É um menino de ouro, espero que fique sempre assim.

Ludmila: aquela que nos matou de preocupação, quando chegou foi logo tomando um golinho do líquido que não era para beber!!! Mas está cada vez mais linda e engraçada. Estudiosa, como os outros netos, se saiu bem no vestibular, passou em quatro faculdades federais em engenharia, a menina é fera, por certo não puxou a Avó. Quando pode, dá sempre um jeito de assistir tudo quanto é show. Se for fazer compras com ela, se prepara para andar!!! Primeiro entra em todas as lojas, experimenta as roupas que gosta e continua procurando. Depois, volta e só compra se eles diminuírem o preço, não quer nem saber, pergunta e consegue. É grande amiga da irmã, acho lindo ver as duas conversando, mas sei que tem seus momentos de brigar.

Thabata: a carioca que virou mineira. Depois que foi morar em BH, está com todo o jeito de minas. Muito amiga de Lud, se xingam, implicam uma com a outra, mas se amam. Pretende ser aeromoça, vai voar muitoooooooooooooo. Muito alegre, não gosta muito de praia, mas quando vem aqui sempre dá uns mergulhos. Amiga do irmão, o que acho muito bonito ,apesar de achar Igor um pouquinho implicante com ela, mas ela nem liga. É a princesa do pai dela que por sinal tem muito ciúme da filha. Quando pode vai para Água Boa passar uns dias com a outra Vó. Está cada dia mais bonita, é muito fotogênica e fica ótima nas fotos.

Luana: putra que me deu um susto quando nasceu. Francesca depois de três dias foi para casa, quando foi dar banho em Luana, ela engasgou e não sabíamos o que fazer, batíamos no peito dela, assoprávamos na boquinha, sacudíamos e ela já estava ficando quase roxa quando Francesca lembrou que no prédio tinha uma pediatra, com quatro dias de resguardo, de camisola, desceu as escadas correndo com Luana, ainda bem que a médica estava em casa! Colocou a menina de lado e foi batendo nas costas dela até ela ficar bem. Quando voltamos para o apartamento fomos direto para o consultório de Dra. Gacie, o pior é que era eu que estava dirigindo e Fran me fez desrespeitar todos os sinais que estavam no nosso caminho. Depois, tudo ficou bem, mas o susto foi demais. Como a irmã, sempre foi muito linda, se tinha um comercial ela ia e fazia como uma artista. É caladinha, mas na hora de representar ela fica muito á vontade. Soube que tem um gênio bem forte, comigo nunca mostrou nada, mas a mãe dela acha!!! Acho que é porque está com quinze anos. Lembro que quando Francesca chegou nesta idade, minha vontade era sair pelo mundo e não voltar.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Lud, Thabata, Igor e o Natal

Ludi nasceu nos dando um grande susto. O médico levou ela, depois que nasceu, para um hospital com UTI. Quando Francesca soube, no dia seguinte cedo, foi sair da cama, desmaiar me dando um susto e fugir do hospital com todo a chuva. Não quis nem saber, foi para o hospital onde ludi estava e lá ficou. Todo dia era a mesma coisa. Depois de quinze dias estava tudo bem e ela veio para casa. Quando ela tinha um pouco mais de um ano, Fran saiu, foi a um churrrasco e eu fiquei com ela no AP de Fra e aluguei um filme. Mas quando ela viu o filme do bambi chorando porque perdeu a mãe começou a chorar tão sentida que telefonei para Fran voltar do passeio.

Thabata nasceu uma semana depois, mas eles moravam no Rio e só pude conhecer quando vieram a Vitória. Quando ela fez um ano, fui ao Rio passar com eles. Quando Igor nasceu, eles ainda moravam aqui, mas só voltaram quando as crianças estavam grandes. Foram os netos que convivi menos, mas são muito queridos e adoro quando Igor esta para chegar e avisa: "Vó, prepara o capeleti que estou chegando". Já Thabata gosta mesmo de bolinho de arroz, quando ela chega eu providencio logo, ai Luciana reclama que é a preferência dela e Ludi não quer nem saber,come mais que todos. No possível tento agradar a todos, mas ás vezes não consigo.

O bom é na época de Natal que estão quase todos aqui. Este ano só faltou Leina, que tinha vindo uns dias antes, no Natal estaria de plantão. Ás vezes, fazemos inimigo oculto ou amigo X, teve um este ano. Comer que é bom não se come muito, mas nos divertimos! O mais importante é estarmos
juntos.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Casamento de Francesca e viagem à Europa

Francesca casou e a festa foi no Italo. Estava tudo muito bom, mas Raul falou que eu, com aquele vestido rodado, parecia uma baiana...fiquei mal.

Demorou um pouco para encomendar neném. Quando estava de uns quatro meses, programamos outra viagem. Saimos daqui no final de março, quando chegamos em Nova yorque, a maior nevasca! Tivemos que comprar rapidinho gorro, meia de lã e luvas. Eu adorei, nunca tinha visto neve de tão perto.

Fomos direto para a Espanha e depois de um dia em Madri, seguimos para Bilbao, que por sinal achei uma cidade muito linda. Os prédios à noite tem uma iluminação indireta, em tons de vermelho, que gostei muito. Fomos a uma cidade Basca, La Linea, onde estranhamos o modo deles conversarem, não se entendia nada... eram Bascos que se recusam a falar o espanhol normal.

Era época da semana Santa, lá eles tem folga a semana toda, os trens estavam lotados mas conseguimos ir para a França. E, como nos aconselharam, saltamos uma estação antes de Paris e ficamos em um Hostal, uma casa de família onde a diária é muito barata. Depois do café da manhã e de andarmos um pouco para conhecer a cidade fomos para a Capital. O tempo estava ótimo, muito sol e calor, fomos ao Sacre coer ver os pintores e mandamos fazer nossos retratos, guardei tanto que os cupins acharam e adoraram comeram tudo. Depois de ver tudo o que não tínhamos tido a oportunidade da outra vez por causa do mau tempo, desta vez tudo foi perfeito, seguimos para Londres. Ficamos hospedados em uma pensão de uma portuguesa. Fomos seguindo nossa programação, como tínhamos combinado, liguei para casa para saber se Francesca estava esperando uma menina, que ia se chamar Jessica, que acabou sendo Ludmila, que esta aí hoje bela e faceira.

Saímos de Londres, que por sinal não gostei muito, e fomos para Bélgica onde nos encantamos com Bruge, uma cidadezinha linda. Daí seguimos para a Holanda, que adorei tudo, é muito linda.

Nossa viagem continua, fomos a Suécia, Kopenhaguem e voltamos pela Alemanha onde visitamos sete cidades. No final, estávamos outra vez na Espanha e de lá fomos a Marrocos. Achei o povo muito pobre, mas gostei dos passeios. Embarcamos de novo para Nova Yorque e depois Brasil.

Quando cheguei em casa estava tudo igual, os mesmos quadros ,o mesmo jardim, quer saber me deu vontade de dar meia volta e voltar para as viagens. O bom foi rever os filhos, só disto que gostei.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Torta Capixaba e as minhas amigas

Torta capixaba!

Depois que mamãe nos deixou,fiquei com o compromisso de fazer as tortas aqui em casa. Muitos anos seguidos a família de Raul vinha quase toda para Vitória para passar a Semana Santa. Um dos irmãos dele chegava na segunda-feira e avisava: "não quero comer carne". Era gostoso, mas começar comer peixe e camarão quase uma semana antes não era fácil!

Na quinta feira, pedia a Raul para irem todos almoçar fora...assim, eu teria mais tempo para cuidar da torta. Geralmente arranjávamos alguém para ajudar. Eram três quilos de cada coisa, siri, caranguejo, camarão, bacalhau, peixe e marisco. A pior parte era tirar as casquinhas dos siris e caranguejos. Picava aquele tanto de coentro, tomate e cebola e começava a fazer as moquecas, uma de cada vez. No final do dia, minha impressão era que a casa inteira cheirava a peixe!!!!! Antes de dormir assava umas duas tortas para adiantar e deixava as outras para o dia seguinte. Colocava tudo, as assadas e as cruas, na geladeira e só então conseguia descansar. Teve um ano que minha irmã assou as tortas e deixou fora da geladeira e azedaram...tenho medo de isto acontecer e eu perder todo aquele trabalho e material.

Cada ano as tortas capixabas ficam de um jeito... às vezes mais gostosas, outro ano não tão boas, mas todos comem e repetem. Continuo esta tradição é trabalhosa mas é muito boa. .

Minhas melhores amigas

Não era de ter muitas amigas, tinha ótimas colegas. Amiga mesmo, da minha juventude, foi Minha dama de Honra Julieta. Pedia qualquer coisa e ela fazia tudo o que pedisse. Às vezes, ia lá em casa, mas sempre muito encabulada, não comia torrada para ninguém ouvir o barulho. Depois que casei e mudei de Vitória, perdi o contato com ela. Casou e foi morar no Rio. Depois que retornei, quase vinte anos depois, ela veio me visitar... mas aquela amizade não era mais a mesma.

Depois de casada conheci Anna e sempre nos demos bem, sem nunca nos aborrecermos uma com a outra. Moramos perto durante sete anos, com as crianças brincando e brigando às vezes, nossa amizade não se alterou. Mudei para São Bernardo mas os assuntos não acabavam quando nos encontrávamos e é assim até hoje! Sempre temos pouco tempo para contar as novidades. Quando vamos a São Paulo, sempre saímos para as compras, voltamos com tantos pacotes que faltam mãos. Um dia nos empolgamos e fomos comprando, tivemos que comprar uma sacola daquelas que as sacoleiras usam, o problema é que mesmo cada uma pegando em uma alça não estávamos agüentando o peso. A sacola era tão grande que quando fomos almoçar não passava na porta do restaurante, pegamos um táxi e procuramos o caminho de casa achando graça da situação.

Natércia foi uma de minhas amigas que deixou mais saudades... eu estava no sítio quando ela se foi. Era a pessoa mais educada que conheci até hoje. Foi minha aluna enquanto dei aula de pintura. Quase sempre ponho ela nas minhas orações, sei que ela deve estar em um lugar privilegiado.

D. Neném, outra aluna que se foi e deixou muita saudade,continuou a sentar no mesmo lugar que sentávamos quando íamos à lgreja. Às vezes sonho com ela, sinto muito sua falta.

Quanto as minhas irmãs, são fora de série!!!!! Cada uma melhor que outra, como também meu irmão. Queria ser atenciosa como elas são, minha educação também fica a desejar, mas amo todas e elas e ele que me deculpem, mas sou assim mesmo.

Faz uns três anos que comecei a bordar para uma creche aqui do bairro. Minha primeira amiga oculta no final do ano foi uma senhorinha de cabelos brancos, que me presenteou com sabonetes Avon. Fui agradecer no próximo encontro e, não sei se ela me lembra mamãe ou o que foi, mas gosto muito dela... e quando chego atrasada no bordado, meu lugar esta guardado e ali ninguém senta. Às vezes, vem passar algumas horas aqui e aproveitamos para conversar. Ela está com oitenta e nove anos, vai à missa todos os domingos e não falta ao bordado, mesmo tendo as mãos um pouco trêmulas esta sempre bordando para a creche.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Pedaços de vida

Raul tinha costume de colocar todas as moedas que recebia numa gaveta da cômoda, mas começou a notar que as moedas estavam diminuindo e me perguntou se era eu que estava pegando, falei que não. Perguntei para as crianças se estavam usando as moedas da gaveta, prontamente o Zorza falou: "sou eu". Questionei porque estava fazendo isso, falou, "a senhora disse que tudo que tem aqui em casa é da família, como sou da família posso usar". No fundo ele tinha razão, mas falei que era melhor ele pedir, podia ser que eu precisasse do dinheiro, nunca mais pegou um real.

Nos bulinhos da cozinha eu guardava minhas economias. Raul ia para o Banco e sempre deixava um dinheiro para despesa do dia, eu guardava o troco e, quando chegava o dia dos pais, tinha dinheiro para comprar uma roupa nova para as crianças darem de presente. Comprava sapato, meia, cueca, calça, camisa, gravata e blaser. Tudo do bom e do melhor, ele merecia!

Eu não gostava de encher os potes de mantimentos, quando acabava algum, sempre pedia para alguém encher para mim. Estava com uma ajudante nova e pedi para ela completar os depósitos, falei "não gosto de fazer isto", e ela, na sua simplicidade, falou, "quem dera que eu pudesse encher os depósitos lá em casa", fiquei calada, mas aprendi! Agora encho com o maior prazer.

Um sobrinho de Raul veio trabalhar uns meses em Vitória e perguntou se podia ficar lá em casa. Saía cedo, depois do café, e só voltava muito tarde, era muito farrista. Começou a contar suas conquistas na hora do café da manhã, ouvi um dia, dois, ai resolvi abrir o jogo: o problema era dele se conseguia tudo com as garotas, mas que eu preferia outros assuntos lá em casa. Pediu desculpas e continuou com as conquistas mas sem comentários. Um dia estava deitado na sala, no final de semana, e Madrinha, sempre muito brincalhona, chegou e quando foi apresenteda a ele falou, "você é bicha?" Ele, sempre metido a garanhão, ficou vermelho, ai ela falou "se não deu de moça, de velho não escapa." Tive muita vontade de rir, porque ele ficou caladinho. Quando foi embora, falou quando fossemos a São Paulo para procurar por ele para sairmos juntos, até hoje não encontrei mais.

Nevinho começou a namorar uma menina aqui de Vitória, estava apaixonado, e toda folga vinha para cá. Nós adorávamos, para mim era como filho, mas depois acabaram. Ele, em São Paulo, casou e pouco tempo depois que o filho nasceu sofreu um acidente de moto e nos deixou. Zorza sentiu mais que todos aqui em casa, era o companheiro das aprontações dele.

15 anos de fran , o sítio e o cigarro

Francesca não quis festa de quinze anos, preferiu ir na Disney. Gostou muito e comprou um monte de tênis. Ela tinha passado uns três meses na casa de Raul e Beth para fazer um curso intensivo de inglês. Foi bom, apesar de sentir a falta dela.

Toda semana ia almoçar lá, um dia quando voltava para casa caiu um temporal muito forte, eu estava na Cesar Hilal, o carro começou encher de água... larguei ele lá, tirei o sapato para ir até a calçada e peguei um ônibus. Depois Raul foi pegar o carro.

O sítio

Compramos um sítio. Era perto da estação de Domingos Martins. Quando íamos para lá era muito gostoso... muita fruta, mas não tinha água própria, dependíamos de uma proriedade,R aul achou melhor vender e procurar outro.

Demorou mas, quando achou, foi paixão à primeira vista! Este segundo era fim de linha, tinha umas quatorze fontes, muita bananeira, jabuticaba, goiaba e muito café. A primeira vez que fomos lá chovia muito e os carros não conseguiam subir, mas um vizinho muito legal levou todo mundo de toyota lá para cima.

No dia de São João fizemos uma fogueira e todos os filhos foram. Como o carro de Monica não conseguiu subir, ela e Thaissa subiram andando... o que não foi fácil pois a ladeira era grande.

Quando as netas iam passar dias comigo, ai já tinha Ludi, Thabata , Luana e Igor, pintávamos panos de prato fazendo flores de xuxu, estrelinhas de carambola e desenhávamos carinhas nas batatas. À noite jogávamos baralho ou víamos TV. A queixa de ludi era porque o galo cantava tão cedo e perto da janela do quarto dela. Tentamos mudar mas ele não concordou, ali era o lugar do concerto dele.

Quem mais aproveitou deste sítio foi Luciana, mesmo quando não íamos, ela ia e curtia muito. Uma vez ficamos sem caseiro e até feijão eu plantei e deu muito certo. O que eu mais gostava era de ficar na cozinha fazendo minhas geléias, era só levar açúcar, fruta tinha demais e o fogão era a lenha mas, mesmo assim, Raul reclamava e eu nem ligava.

O pior era nossa ida para lá, Raul corria demais e eu já chegava com dor de cabeça. Estávamos com uma caminhonete turbo da Toyota e quando subíamos na estrada antes da água Ingá tinha óleo na pista, o carro rodou uma três vezes e foi parar perto de um barranco... ainda bem, porque se parasse do outro lado ia ser muito pior, era uma pirambeira que não acabava. Na carroceria iam dois ajudantes nossos que saíram mais brancos que vela do carro, um deles dizia "pensei que nunca mais fosse comer a comida que D. Heny faz". No fim estávamos rindo mas nossa sorte foi que na hora não estava passando nenhum carro! Mas, quando olhamos, tinham vários parados, tanto na parte de cima, como na de baixo.

Quando Raul vendeu o sítio ele ficou apaixonado, por ele não vendia! Mas estava ficando perigoso irmos para lá... o tempo passa para todo mundo e estamos com uma idade que é melhor nos cuidarmos para não acontecer nada.

Parei de fumar

Fui a um casamento em Campinho, depois teve um churrasco, reparei que eu era a única pessoa em toda a festa que fumava, me achei excluída e desde este dia resolvi que ia parar de fumar. Comecei a me educar e só fumava de hora em hora. Quando saia não levava o cigarro e não comprava. Implicava com o cheiro forte que sentia na minha roupa e no cabelo e quando parei a Madrinha veio perguntar quantas horas eu ia ficar sem fumar... estou até hoje e muito contente por ter conseguido, mas quando sinto o cherinho do cigarro ainda tenho saudade.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Minhas primeiras netas

No casamento de Mônica, Francesca ficou conhecendo um rapaz que depois veio a namorar, era uma paixão doida. Era um tal de terminar e voltar que não acabava, um dia que estava tudo terminado, começou a namorar outro, quando o antigo voltou para reatar, não teve mais vez.

Zorza, com quase vinte e sete anos, começou a namorar uma mineira que conheceu aqui na praia e se encantou. Isso foi no verão, na semana Santa ela veio nos conhecer. Não demoraram a casar. O casamento foi em Belo Horizonte, onde os paia dela residiam. Moraram em Vitória até Igor nascer. Depois foram para o Rio, moravam em Jacarepaguá. Fomos lá uma vezes, teve uma vez que fomos logo depois do dia das crianças, eu, crente que estava abafando, levei uma sandália linda para Igor... ele, quando abriu o embrulho, falou, dia das crianças eu devia ter dado brinquedo. Ele tinha razão, mas as vezes a gente dá uns foras.

As quatro netas: Melissa, Leina ,Carol e Thaissa, eram companheiras para todas as brincadeiras, dançavam, brincavam de pular na piscina apostando quem ia mais longe e, com pouco, se divertiam e faziam uma festa. Às vezes, vinham as quatro dormir aqui em casa, eu adorava... Raul nem tanto, porque eu ficava por conta de fazer todas as vontades. Quando iam dormir, eu inventava umas histórias, tinha uma que sempre pediam era a "Da menina do vestido azul". Era uma menina que além de levada, respondia a mãe e fazia muita arte. Um dia ganhou um lindo vestido azul mas notou que, com o tempo, o vestido estava cheio de buracos. Ficou triste e foi mostrar para a mãe, que explicou que aqueles buracos eram coisas erradas que ela havia feito, um buraco era pelas malcriações e assim por diante. A menina queria saber se o vestido tinha conserto, a mãe falou tudo o que você fizer de bom vai aparecer um bordado dourado e com isto o vestido ficará bom". A menina começou a se comportar cada vez melhor, mas como cada arte tinha um valor, os buracos eram desiguais...conforme as boas ações iam sendo feitas, o vestido ficava lindo, mesmo não sendo bordado todo igual. Terminava sempre dizendo, "sempre fazemos coisa que não são legais mas podemos bordar por cima, apesar do buraco que fizemos continuar ali". Dava boa noite, deitava com elas até dormirem, mas quem dormisse primeiro tinha que me avisar. Tudo combinado!

Na manhã seguinte tínhamos que acordar bem cedo para andar na praia e ver os ursinhos cor de rosa nas nuvens. Além dos ursinhos, achávamos jacarés e outros bichos enquanto eu contava algum trecho do livro O Alquimista que estava lendo na época e dizia "ele andou tanto para encontrar a felicidade e ela estava aqui o tempo todo". Raul se animava e combinava que ia levá-las ao Convento, ficavam animadíssimas! Ele levava e uma vez levou-as até o cemitério de Vila velha e elas gostaram de tudo e lembram até hoje. Foi a melhor época, a vida era para sorrir e se divertir.

A viagem continua...

Nos separamos da excursão , continuamos nosso passeio pela Europa. Ficamos uns dias em Milão, onde eu me sentia em São Paulo, adorei, fomos para Paris, muita chuva muita gripe, passeamos muito e íamos a todos os lugares de metro . Fomos de trem para a Espranha, de La fomos visitar a cidade de Toledo,onde Cervantes escreveu ,D. Quixote,gostamos muito de tudo principalmente do museu do Prado e dos palácios. Comiamos muito bem muita coisa do mar. Seguimos para Potugal, fiquei um pouco decepcionada, achei as igrejas mal cuidadas como no Brasil.Fomos ver shou defado,fomos á torre de Belem onde Pedro Alvares saiu para descobrir o Brasil, andamos por Cascais, comemos bacalhau e pastel de Belmas não consegui comer aquelas sardinhas na brasa feitas com tudo dentro. Pegamos um tour para Fátima, passamospror Obidos,o único porém é que a excursão em prtugal a guia não falava português,so Frances e inglês mas quando descobrimos já estávamos no meio do passeio. Voltamos para a França, uma viagem longa levava a noite toda era de trem. Conseguimos uma cabine ótima logo na entrada do vagão, derrepente vieram uns soldados e pediram para desocupar a cabine eles iam levar para a França um prisioneiro político .tivemos que procurar outro lugar, o trem lotado ,Raul encontrou uma vaga com outras pessoas estranhas e ele foi procurar em outros vagões, só achou no último. Chegamos em Paris logo cedo saltamos passamos pela alfândega ,quando o trem ia saindo Raul lembrou que tinha deixado o óculos no banheiro, passou correndo pelos guardas que não estavam entendendo entrou no trem e conseguiu pegar o óculos, podia ter provocado uma reação violenta ainda mais com aqueles franceses, tão delicados, para não dizer o contrario.
Fomos para aSuissa, que é tudo de bom ,as lojas tem cheiro de perfume Frances, todos muito chiques na rua.Raul achou uma máquina de colocar moedas e ficou comprando chocolate e refrigerante mais para se divertir.
O que achávamos engraçado MS depois fizemos o mesmo, era quando estávamos em um trem viajando, víamos pessoas muito bem arrumadas abrindo um guardanapo sobre o colo ,pegavam, tomate ecomiam como uma fruta,sempre com uma garrafa de vinho e um sanduiche, aprendemos e sempre tínhamos nosso estoque.
Da Suissa fomos para a Austria e La ficamos dois dias e fizemos passeios muito bons, fomos ver o palácio da rainha Sisi,e museus. Nunca vi tanta gente, carregando instrumentos musicais , crianças velhos emoços acho que iam para aulas de musica, não comi quase comida salgada mas as tortas doce pareciam nuvem..Seguimos de avião para a Grecia, aquilo parecia o Brasil, todo mundo apressado, mobiletes para todos os lados,muito calor. Fomos as ilhas que queríamos conhecer e eu me admirei com a tranqüilidade das senhoras de mais de cinqüenta anos com o marido e os filhos rapazes na prais fazendo topless,eu estranhei para eles é normal. Voltamos para Roma ,onde fomos ver o Papa e fizemos um passeio em Pissa. Saimos bem cedo de Roma, sem tomar café da manhã que para mim é sagrado,quando chegamos no trem não tinha vagão restaurante, chegamos em Pizza quase ao meio dia, a primeira coisa que Raul quis fazer foi subir na torre,quando descemos todos com fome paramos em um bar perto da praça, eutou pensando que vamos comer algo muito bom, Raul me perguntou se queria uns pasteis engordurados que tinha , fiquei muito danada da vida atravessei a praça e fui sentar perto do batistério, Raul não me viu sair e ficou me procurando e pensando como ia chegar em Vitoria e explicar aos filhos que sumi,e eu sentada na janela so vendo ele andar de um lado para o outro e eu na minha. Quando me achou já tinha ate avisado apolicia que sua mulher tinha sumido,então me levou para comer direito e ficou tudo bem . Depois a policia passou e pergN unt

ou, achou su
a mulher? E ele com a maior cara de pau falou estava á dormire.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Melissa, Carol, Thaissa e viagem à Europa!

No dia que Melissa nasceu fomos acordados com telefonema de Raulzinho dizendo que estavam na maternidade, esperei ansiosa por noticias para depois ir visitar. Quando morava em SP, sempre longe de todos , não tínhamos o costume de ir para o hospital fazer companhia para quem estava na sala de espera, sempre mamãe ia com Raul e foi sempre assim, aqui a família participa dos acontecimentos. Acho que decepcionei várias vezes mas não era indiferença, mas falta de costume.

Quando Melissa era pequena chamava o avô de Bicho Bom, Renato falava muito isto no programa dele. Quando morava no Rio, ficou doente, não queria comer e sentia muito enjôo, veio passar um domingo aqui, todos preocupados, pediu para comer amendoim, todos acharam que ia fazer mal mas que nada, ficou ótima.

Quando estávamos viajando para o norte, ela pulando na cama quebrou o braço, foi a única neta a sofrer este tipo de acidente. Carol nasceu no Rio, uns dias antes do nascimento dela passei uns dias na casa de Beth e Raul, era muito bom, a mãe dela estava sempre indo lá e conversávamos bastante. Carol nasceu com muito cabelo igual a Luciana , enquanto Melissa era loura, ela tinha cabelo escuro. O que mais me lembro é de ver Raulzinho almoçando com Carol no colo.

Nossa viagem continua:
Saindo de Manaus e sobrevoando a floresta Amazonica pensava, se o avião cair aqui no meio destas árvores ninguém vai nos achar, mas chegamos em Belém. Fomos para o hotel e já começamos os passeios. Gostamos de tudo, do povo, da comida, das ruas cheias de mangueiras e, principalmente, do Ver o Peso e de um bairro que tinha uma praia de Rio que tinha até ondas.

Saimos de Belém de Catamarã e fomos de volta a Manaus, levamos cinco dias, no navio tinha todo o conforto, as cabines era espaçosas e a comida muito boa e variada, eram quase todos turistas estrangeiros. As brincadeiras eram divertidas e á noite se dançava. Saímos pela segunda vez de Manaus e fomos parando em todos os estados, onde ficávamos uns dois dias e seguíamos para o próximo, nunca arrumei tanta a malas como naquela viagem.

Quando chegamos em Salvador ficamos no AP de Arildo, que já estava separado, íamos sempre na antiga casa dele, nossa amizade com a antiga cunhada sempre foi a mesma.

Mônica casou no final deste ano, estava grávida mas não falou nada, eu estava desconfiada mas para o pai dela foi uma surpresa e tanto. O casamento foi na Igreja da Prainha, a festa foi aqui em casa. Thaissa chegou,mas o casamento não durou muito. Um dia eles iam visitar uma amiga e pediram para Thaissa ficar aqui, eu estava fazendo pão em uma maquina nova que tínhamos comprado, coloquei Thaissa perto de mim em uma cadeira e falei "não coloca o dedo aqui que isto corta", não deu outra, olhei para o lado e ela rapidinho foi colocar o dedo indicador na máquina, quando vi aquilo me apavorei! Achei qua tinha cortado a ponta do dedo dela, fomos correndo para o hospital, mas foi só a pontinha mesmo. Um dia ela estava coçando a cabeça do avô e como tinha uma tesourinha perto ela começou a cortar o cabelo dele, se empolgou e fez uma porção de caminho na cabeça do avô, quando vimos aquilo ficamos achando que ele ia virar bicho, mas apesar dela estar com medo dele brigar, ele acabou achando graça.

Um dia cheguei da aula de pintura na hora do almoço e me assustei vendo o marido da Mônica chorando na sala, ele dizia que não queria se separar mas ela queria. Fui muito dura com ela achando que estava sendo precipitada em tomar uma atitude dessa, mas depois dei razão a ela..Ela ia para a faculdade e levava Thaissa junto, elas comiam no restaurante da Faculdade, como a comida era muito ruim, levava algumas azeitonas para melhorar o sabor e a filha comer.

Minha primeira viagem a Europa foi decidida muito rápido, fomos com os descendentes de italianos. Só acreditei que ia mesmo quando cheguei lá. Embarcamos no Rio e viajamos a noite toda, ao chegar no aeroporto de Roma pensei que fosse sete horas da manhã, mas eram três horas da tarde, minha impressão é que tinham roubado uma parte da minha vida. Ficamos hospedados em uma localidade que se chamava CastelFranco, era uma pousada simples mas fomos muito bem recebidos e na primeira noite cantaram as músicas do folclore italiano. Perguntei aonde ficava o Castelo, me explicaram que estávamos dentro do Castelo, aquilo tudo, a cidade, o comércio, tudo era dentro do castelo.

Fizemos passeios ótimos, fomos a quase todas as cidades do norte da Itália, não gastávamos nada, o ônibus nos pegava na pousada às seis da manhã e só retornávamos á noite. Cada prefeitura fazia um banquete melhor que o outro e íamos a outras cidades no mesmo dia. Éramos recebidos por ser descendentes com muita festa e banquetes. Visitamos Pádua, Turim, Bolonha, Veneza, Florença e muitas outras. Quando o pessoal que estava nesta excursão voltou ao Brasil, eu e Raul ficamos mais um mês andando pela Europa.

Minha dor de cabeça...

Depois que Francesca nasceu, comecei a ter dor de cabeça. Não era aquela dor doída demais, mas era constante. Acordava e dormia com ela, tomava melhoral, cibalena, tudo para amenizar mas ela estava sempre me atormentando. Ia a tudo quanto é médico e ninguém resolvia, viajava para Baependi, disseram que tinha um médico muito bom, mas nada fazia passar a danada. Resolvemos ir na rua do Grito, naquela que minha sobrinha havia operado, o médico continuava a atender, só que as filas eram muito maiores. Ele colocou a mão no meu pulso e falou para eu ir nove segundas-feiras seguidas em um Centro Espírita. Morávamos em São Bernardo, perto, em São Caetano, sabíamos de um asilo de velhos que faziam seção as segundas feiras. Raul chegava do banco, comia alguma coisa e íamos para o Centro, ás vezes chovia demais, mas nós íamos mesmo assim. As palestras eram lindas, só falando de Deus. Quando acabavam, fazíamos uma fila e passávamos em frente a uma pessoas com as mãos estendidas. Fomos e um dia falei, Raul não sei quando foi, mas minhas dores de cabeça pararam. Aconteceu comigo, ninguém me contou, acreditem se quiser.

Lá ouvimos o caso de um acidente de avião que tinha caído em Santa Catarina, o piloto falava que estava tudo escuro, que não sabia aonde estava, o Sr que presidia à mesa, mandou ele para o hospital porque ele tinha morrido no acidente, mas ele dizia que não podia morrer, que tinha mulher e filhos e queria avisar a eles que não havia morrido. Depois de muita conversa, ele aceitou a morte e concordou de ir para o hospital. Na hora dá um pouco de medo, mas talvez seja isto mesmo que aconteça. Estava na fila dos passes, perto de mim uma senhora muito chique, com um tailer de lã, de salto alto, começou a corcovear igual a um cabrito, vieram os médiuns e começaram a rezar em conjunto até que ela se acalmou, mas ficou com cara de não saber o que tinha se passado, e não sabia mesmo.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Leína chegou!

Luciana ficou grávida, não queria casar, só queria saber se o pai dela ia deixar ela continuar aqui em casa. Ela já estava formada e trabalhando. Nesta hora Raul surpreende, ele falou:você não deixou de ser filha, claro que vai continuar aqui. Eu fiquei sem chão, mas Raul falou, "é melhor uma gravidez do que uma doença". Resolvi encarar total, todas as pessoas que eu conhecia e que vinham comprar jóia eu falava, Luciana está grávida!!Quanto mais eu falava, mais eu aceitava. Quando chegou a hora do parto, apesar de Luciana ter o dinheiro para o hospital, o pai pagou tudo. Com uma semana de cesariana, ela pegou Leína e subiu o convento andando. Achei uma temeridade, mas ela é muito teimosa. Lelê foi nossa alegria, cada dia ficava mais linda. Luciana volta e meia dormia dentro do berço com ela, só ela que cuidava, dei o primeiro banho quando ela já estava com 5 meses.

Monica estava noiva de Marco...

Mônica estava noiva de marco, quando chegaram em casa no sábado, eram doze horas, uns assaltantes pegaram as chaves da casa e entraram com eles. O nosso cachorro nem latiu, pois com Mônica entrando ele não estranhou. Foram acordando todo mundo e querendo saber quem estava para chegar. Mandaram Mônica bater na porta do nosso quarto, Raul não queria abrir, disse "o que esta menina quer a esta hora?" Quando abrimos, os dois já estavam apontando a arma e querendo o que tínhamos em casa. Colocaram todos dentro de um banheiro pequeno que tem no quarto de baixo e lá ficamos enquanto eles reviravam todos os armários e gavetas. Anna e Névio que haviam chegado naquele dia para passar uns dias aqui, também se surpreenderam com o acontecido. Levaram tudo o que quiseram, dinheiro, dólares e jóias. As que não acharam, eu dei para que não matassem Raul. Antes de irem embora, perguntaram se alguém precisava de remédio, nos trancaram depois de amarrar todo mundo com os fios de aparelhos elétricos que haviam arrancado, amarraram gravatas nas nossas bocas e saíram levando o carro do noivo de Mônica, que foi achado três dias depois em uma rua perto da delegacia de Vila Velha. Como não tínhamos ação para mais nada, a casa toda revirada com as roupas jogadas pelo chão, já passava de três horas quando foram embora,so não levaram as alianças de bodas de prata, minha e da Anna, o resto foi tudo! Inclusive o que estávamos usando! Levaram máquinas fotográficas e óculos de sol. Achamos melhor tomar um wisque e ir para a piscina, o que tinha acontecido nos deixou apáticos.

No dia seguinte não tinha um real em casa, não tinha dinheiro para comprar pão, ainda bem que tínhamos conta na padaria. No dia seguinte os parentes vieram nos visitar e Tia Maria falou se os assaltantes quisessem estuprar as meninas, nós teríamos que nos oferecer para ficar no lugar delas, eu e Anna começamos a rir, vê se eles podendo pegar moças de quinze e dezessete anos iam querer a gente. Toninho, quando soube, ligou perguntando se precisávamos de algum dinheiro, como Raul havia chegado do Rio com uma compra grande de jóias, aceitamos, e ele mandou logo o que precisávamos para pagar o joalheiro do Rio. Logo que folgamos, mandamos o que devíamos, mas ele não quis os juros e ficamos muito agradecidos.

Depois desta enorme confusão, Raul resolveu fazer uma viagem pelo norte e nordeste. Dizia assim, que tentamos aumentar nosso capital e vinham uns estranhos e levavam tudo, fomos fazer esta viagem para relaxar. Fomos direto para Manaus, chegamos lá uma hora da manhã, o calor estava insuportável. Fomos para um hotel que já estava reservado, estava ansiosa para, no dia seguinte, começar minhas compras. Estávamos andando no comércio e chegou um rapaz dizendo que o que queríamos ele nos conseguiria por um preço muito bom. Pegou nossa lista e ficou de entrar em contato logo que soubesse quanto daria tudo. Combinou de Raul levar o dinheiro, o que ele fez, mas era pura malandragem, enquanto eu fiquei no hotel
esperando. Era sábado à tarde, o comércio quase fechando e eu sem comprar nada. Sai rapidinho e em algumas lojas perto comprei o faqueiro que queria, umas batinhas indianas que as meninas pediram e mais alguma coisa... voltei pensando encontrar Raul e ele não aparecia, fiquei na janela esperando e pensando eu, sozinha, numa terra estranha, o que vou fazer? Pensei, vou procurar o gerente do Banco e ele poderá me orientar o que devo fazer. Raul chegou molhado igual a um pinto na chuva, fiquei muito assustada! Para se livrar dos malandros, pulou de uma barca para outra e caiu no rio Negro, perdeu o dinheiro mas salvou a vida. No domingo tínhamos vários passeios marcados e aproveitamos sem pensar no pior.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mamãe ficou doente

Logo depois das minhas bodas de prata mamãe, que já não estava bem, começou a piorar...ficou três meses no hospital, as filhas se revezavam, apesar de ter uma enfermeira para a noite, sempre uma filha dormia lá. Pessoas amigas vieram de toda parte visitá-la. Atá Elisa, aquela ajudante de quando éramos pequenos, veio do Rio passar uma horas com ela. Pedia sempre para rezarmos para ela sarar, pois tinha que costurar para os pobres. Mesmo doente ela se preocupava mais com os outros do que com ela mesma. Até hoje encontro pessoas amigas que não esquecem as coisas gostosas que ela fazia. Cada neta se achava especial, mas ela agradava a todas igual.
Madrinha foi com a ajudante dela levar flores para Otto, lá pelas tantas a ajudante, que por sinal estava há muitos anos na casa dela, falou, "Seu Otto deve estar muito contente", Madrinha perguntou, "porque?" Ela disse "aqui está como ele gosta, sombra e água fresca". Ele já tinha morrido há uns quatorze anos e um dia que sonhou com mamãe dizendo para ela procurar um rapaz, que por sinal já estava bem idoso, que era fã dela quando era mocinha não sei se ela imaginou ou se aconteceu mesmo. No dia seguinte telefonou para a sobrinha dele para contar o sonho e ao saber notícia, a sobrinha disse que tudo estava bem, mas ligou para o tio e comentou sobre o telefonema. Ele ligou para madrinha, marcaram dela ir ao Rio onde ele morava, se encontraram e namoraram até ele falecer, isto quando ela estava com oitenta e um anos. Esta sozinha, mas se aparecer um idoso enxuto ela ainda encara.

Assisti à poucos casamentos dos sobrinhos, fui ao de Denise, Regina Dalva, Ralph, Carlos Eduardo, Rosângela , Silvinha, Juninho, Cristina, o segundo de Mequinho e o de Cláudio. Telininha casou quando eu morava em SP, Rita casou no Paraná, Jose Roberto e Arildinho não casaram e os casamentos dos filhos de Arlethe não estava aqui. Também não fui ao casamento de Rosana. era muito perto do Natal e não deu mesmo, mas o de Nevinho fomos à SP e levamos Mônica e Francesca.

Depois das minhas bodas de prata, mamãe que já não estava muito bem, só foi piorando. Toda a folga que eu tinha era para ir ao hospital. No sábado esperava passar o almoço e quando Raul dormia era minha hora de pegar o carro, ir até as barcas, ir na associação, ficar um pouco lá e voltar antes de Raul acordar, era uma correria. Quando podia, dormia lá, tinha uma enfermeira contratada particular para ficar a noite, mas sempre dormia uma filha. Tínhamos dois quartos por conta de papai.

Nas férias de julho mandei Francesca para o Rio para ficar uns dias com Beth, uma noite Raul chegou do banco e falou que viria à Vitoria. Chegou para o enterro, mamãe se foi naquela noite. Luciana tinha chegado dos jogos de inverno no Paraná mas quando tudo aconteceu, ela estava lá, mesmo com distenção na perna subiu os lances de escada, para se despedir dela. Ajudou a trocar a roupa e foi para casa, não apareceu no enterro mas como as outras netas sentiu e sente até hoje a grande falta que ela faz.
Acabaram os Natais, dia das mães e todas as reuniões que fazíamos na casa de mamãe. Ela que se preocupava com cada neto fazendo a comida da preferência de cada um... acabou.

Juninho dormiu uma noite em nossa casa, no dia seguinte cedo fomos de carro ate Paul, onde sempre ficava estacionado e como a barca já havia saido pegamos um bote. Quando chegamos em Vitória, Juninho foi saltar do barco e como não estava acostumado caiu na maré do cais. Ainda bem que levou na esportiva e não se machucou.

Luciana estudou seis meses numa faculdade, acho que era UERGE, não tenho muita certeza, jogava vôlei e não precisava pagar, isso enquanto esperava o segundo semestre, quando iria para a UFES. Ía de onibus (não tinha ainda a terceira ponte), era no colégio do Carmo, mas a noite, para ela não voltar sozinha, eu ia buscar. Saía de casa ás vezes com medo por causa da chuva e as dez e meia estava esperando a saida dela. Um dia ela estudava em maruipe fazendo Odontologia e resolveu vir andando, disse que estava cansada de esperar o ônibus, veio á pe até a Praia da Costa, foi muito corajosa.

Zorza passou para engenharia, resolveu fazer um curso de computador na Ufes e largou a faculdade para tristeza do pai dele. Sempre muito aprontador, quando Raulzinho falava alguma coisa, ele falava, "voce não é normal, só fica agravando e ouvindo música, só namora uma menina... eu sou ,esta no meu tempo de aprontar". Quando saia, sempre tinha uma novidade, uma briga, perder os documentos do carro e por ai ia.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mudança da Hugo Musso para a Hugo Musso

Denise estava de casamento marcado, foi na boutique pedir idéias sobre o que vestir no casamento civil. Fomos na Yula que fazia roupas lindas para as lojas e achamos o que ela gostaria de usar. Foi tiro certeiro, a roupa ficou linda e até o noivo comprou a calça na loja também. Ele estava com a perna quebrada mas acho que a lua de mel deu certo porque não demorou muito e Manuela apareceu. Passado mais ou menos três anos de casados foram transferidos para o Rio. Deixaram Manuela lá em casa comigo e foram providenciar apartamento. Ela ficou numa boa, não dava trabalho nenhum e as crianças adoravam brincar com ela. Quando foi embora sentimos muito sua falta.

Nossa casa em São Paulo estava desocupada e Raul viu um anúncio no jornal aqui em Vitória que anunciava uma casa na Hugo Musso, que era perto de onde morávamos, para fazer negócio com uma em São Paulo. Era bom demais pra ser verdade. Fomos ver a tal casa, era mesmo muito boa e sentada na beira da piscina falei com Raul: "não temos gabarito pra morar em uma casa como esta" e ele ficou danado da vida. Ele e o dono da casa conversaram muito e chegaram a um acordo e estamos nesta casa até hoje mesmo sem gabarito.

Queríamos mudar em princípio de janeiro mas aquele ano choveu o mês inteiro, tínhamos que entregar a nossa antiga residência e resolvemos mudar mesmo com temporal. O caminhão com tudo dentro ficou parado mais de uma hora até dar uma estiadinha. As trouxas de roupas, nós estávamos mudando para a mesma rua, molharam todas, mas como a casa tem muito armário e é maior do que a que estávamos deu tudo certo.

Mônica quis debutar quando fez 15 anos, costuramos e bordamos o vestido dela, ficou simples mas ela disse que gostou. Passeando no calçadão um rapaz que morava em Vila Velha se encantou com ela e começou o maior problema. Ele era meio louco, escrevia quase todos os dias e telefonava várias vezes. Foram vários anos de aborrecimento por causa disso. Um dia a irmã dele veio a nossa casa avisar que ele tinha sido internado e pediu muitas desculpas por tudo que passamos.

Mamãe e papai fizeram Bodas de Ouro, a Recepção foi na própria Igreja. Estavam todos os filhos, genros, noras, netos e bisnetos. Três casais amigos nossos de São Bernardo vieram, foi muito bom revê-los.

Na festa de quinze anos de Monica fizemos uma bela festa, a casa ficou cheia e som estava muito animado, todos dançando e se divertindo.

Sempre falei que não ia conseguir ficar casada até fazer as bodas de prata, mas como eu e Raul aguentamos resolvemos fazer uma reunião com os amigos e parentes. Da cauda do meu vestido de noiva fiz uma roupa linda para meus vinte e cinco anos de casada. Mandei tingir a renda de um azul bonito e Raul estava todo chique com um terno branco.

Um colega de Banco estava vendendo jóias, comprei alguma coisa e ele perguntou se eu queria vender para ele, achei ótimo. Eu convivia com muitas alunas, o que ia me facilitar. Ganhava comissão em jóia, por tudo que eu vendesse, o que vendia à vista, eu sempre pegava de comissão, foi uma época muito boa! Não saía com ouro por aí, quem queria comprar vinha até a minha casa, como também na hora de pagar, foi quando me vi com mais dinheiro em toda minha vida.

Melissa nasceu mas Raul e Beth mudaram para o Rio, foram morar no mesmo edifício que a mãe dela morava. Quando ganhou Carol ainda morava lá, só depois mudou para Vitória e estão aqui até hoje.

Zorza sempre foi bem nos estudos, mas na hora de receber a medalha do mérito pelos estudos ficava com vergonha e não aparecia no colégio.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Lembranças... dia-a-dia em Vitória

Quando Francesca e Mônica Voltavam uma tarde do colégio, era hora da saída dos pedreiros, eles vinham dispostos a falar alguma coisa com elas... chegaram em casa dando risada, Mônica fingiu que era especial e Francesca estava puxando ela pela mão. Eles nem falaram nada, mas elas se divertiram.

Outro dia notaram que um carro estava seguindo as duas e que ele dava a volta no quarteirão, bateram na primeira casa que encontraram , a Sra levou as duas até em casa e levamos flores para ela no dia seguinte em agradecimento.

Nas aulas de pintura, bastava as alunas chegarem que meus problemas desapareciam, começa uma "conversarada", cada uma contando um caso, um problema e quando acabava a aula, eu via que quem não tinha problema era eu. No final do ano fazíamos uma festa que era tão boa que tinha aluna que dizia que estava tendo aula só por causa da festa. Tinha bingo, sorteios, desfiles, brincadeira das cadeiras, amigo X e no final tinham as coisas gostosas que elas traziam;

Raulzinho foi chamado para o Banco, resolveu que queria casar, queríamos que esperasse mais, ele era muito novo, casou com vinte e um anos. Foi um casamento simples, Anna, que estava de férias em casa, me ajudou muito. Todos ajudaram. Carlos Eduardo filho de Odete emprestou o terno, eu fiz a roupa de Mônica e Francesca, elas foram as damas com mais uma amiga de Beth. Madrinha fez uma torta doce enorme, Anna fez o salpicão, Regina o pernil e no final deu tudo certo. Antes do casamento fizemos o Rick da lata, cada pessoa convidada levava uma lata de conserva, azeite, ervilha, molho, o que quisesse e podia se divertir à vontade! Ficou tão animado que a vizinha chamou a polícia mas, quando chegaram, viram que eu e Raul estávamos o tempo todo ali e que a brincadeira era saudável, pediram para diminuir o som e foi só.

Arranjei uma ajudante mas não deu para pegar informação pois estávamos nas férias e a ex patroa estava viajando. Em matéria de serviço era fora de série. Só cuidava da parte de baixo da casa, em cima eu e as crianças dávamos conta. Ela acordava cedo, fazia uma jarra grande de suco, arrumava a mesa...sem faltar nada. Depois que arrumava a casa, fazia o almoço caprichado, acabava de arrumar a cozinha e ia para o quarto dela e dormia atá as quatro horas quando saía para fazer o lanche e o jantar. Ia embora só no sábado. Pedi que fosse na padaria comprar presunto e, antes dela ir para casa, dei uma olhada na bolsa que já estava pronta. Encontrei blusa das crianças, bolsa de praia e mais alguma coisa... quando ela voltou, pegou a bolsa sem notar que eu havia tirado o roubo de dentro, pensei, segunda ela não aparece... doce ilusão, logo cedo chegou dando bom dia como se nada tivesse acontecido. Todo sábado a cena se repetia, mandava na padaria tirava as coisas minhas da bolsa dela e assim foi até que um dia não achei nada, chamei Luciana que e muito esperta e pedi para ela dar uma olhada bem caprichada. Ela achou costurado dentro da capa do travesseiro vários panos de bandeja, que eu havia comprado em um bazar. Era véspera de Finados e eu e Raul tínhamos programado um passeio por Minas Gerais iríamos a Ouro Preto e as cidades vizinhas. Falei com Raul, o que vamos fazer? Fomos para o quarto dela e falamos de todas as coisas que tiramos de sua bolsa e que achamos a fronha com os panos, ela começou a chorar e disse que estava levando os panos para tirar modelo, Raul disse "porque não falou com Heny ela tiraria tudo para você". Vou levar você na policia , vai ser fichada, ela estava noiva e seu noivo vai saber de tudo. Vamos na casa de cada parente seu procurar coisas nossas lá. A menina parecia que ia desmanchar de tanto que chorava, prometeu que não faria mais isto. Continuou trabalhando lá em casa, levou Mônica e Francesca no chá de panela e ganhou um faqueiro de presente de casamento.

Luciana prestou vestibular e passou na Emescam mas passou em Odontologia na Ufes e foi lá que fez a faculdade. Na Formatura dela encomendei todas as roupas na Liliana Modas, ela era minha aluna e tinha muito bom gosto, éramos freguezas dela.

Sempre morando fora e não participando das coisas, não sabia que quando os filhos faziam vestibular as mãe iam para o Campus para dar um apoio, não sabia que no dia do trote era bom se eu tivesse participado e assim deixei a desejar sem participar das coisas...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Morando em Vitoria.

Quando mudamos para Vitória tinha medo que nossa vida mudasse muito. Éramos rigorosos com os filhos e não queria interferência no nosso modo de ser.

Logo que chegamos aqui fui a um casamento, na segunda festa que fui, todos se admiraram por eu ir com a mesma roupa...que diferença de SP! Você pode usar a mesma roupa a semana toda que ninguém quer saber.

Fiz uma sociedade com uma sra. de um funcionáriu do Banco, compramos uma boutique na rua sete, D'Arc, foi uma época boa! Eu ficava na parte da manhã e minha sócia a tarde. Ás vezes, minhas filhas iam me ajudar, mas era muito bom. Conheci muita gente e aprendi também.

Continuei aprendendo pintura e estava cada vez mais animada. Depois de três anos achei que poderia começar a ensinar o que aprendera. D. Neném foi uma das minhas primeiras alunas e virou uma amigona. Ela era cartomante, um dia fui lá e ela me disse que eu ia ficar viúva, ia ler carta para me divertir , como se fosse a um cinema. Cheguei em casa e falei, "D. Nenem disse que vou ficar viúva e uma viúva nova", ele disse "só se fosse na outra reencarnação", ainda bem que ela se enganou.

Comecei dando aula para minhas três filhas, Raul pagava como se fosse qualquer aluna. Todos meus alunos me chamavam de Heny, era proibido me chamar de sra, ia no quadro de todos, mas minhas crianças não achavam graça de um aluno meu de dez anos me chamar pelo nome.

Mônica e Francesca resolveram acampar no jardim, armaram a barraca arrumaram tudo, com colchonete e cobertas. Mas, lá pelas tantas, ficaram com medo e foram para a cama delas.

Nosso cachorro se chamava Dilim, já estavamos deitados e ele não parava de latir, Raul deu um grito para ele parar, ele parou... mas estava nos avisando que estavam roubando o som do carro.

Fomos ao restaurante Ferrinho em Camburi, era uma mesa com muitas
pessoas... Raul viu uns amigos em uma mesa longe, foi para lá e nem lembrava que eu estava no restaurante. Peguei a chave do carro e vim embora para casa largando ele com os colegas... arranjou uma carona e foi logo depois para casa. Mas eu já havia trancado tudo e apagado todas as lâmpadas, chamou muito até eu abrir a porta, devia ter deixado ele na rua para aprender que quando se sai com uma pessoa tem que dar atenção a ela.

Nossa casa estava sempre movimentada! As sobrinhas vinham tomar banho de mar e eu gostava daquele movimento.

Fomos passar uns dias no Chile e na Argentina. Antes de sair deixei Luciana como autoridade e com isto fiquei tranquila.Encomendei uma pensão pois estávamos sem empregada e fui para o meu passeio. Era tempo de férias, Luciana acordava as crianças cedo, tinham que arrumar a casa. tomavam café e só depois de tudo limpo iam à praia. Voltavam e enquanto tomavam banho, ela ia pegar a marmita com o almoço. No Chile, fizemos ótimos passeios, apesar do país estar em estado de sítio. Alugamos um táxi para nos levar em Vina Del Mar, era de um italiano, ele contou que aquele carro ficou enterrado dentro de uma caixa de madeira durante dez anos, cavou um buraco, forrou com madeira e deixou o carro escondido. O governo estava confiscando todos os carros. No caminho para Vina Del Mar paramos para comprar frutas, eram mesmo deliciosas. Pedimos melancia, o dono da barraca cortou uma ao meio e deu uma colher para cada um, é claro que não aguentamos nem a metade! Compramos pêssego e levamos para o hotel, mas só comemos uam cada, pois eles eram do tamanho de uma laranja grande, demos para a camareira, o cheiro era tão forte que estávamos ficando enjoados.

Fizemos um lindo passeio de Argonauta, assim era chamado o barco, fomos em muitas praias, mas o vento era demais e sentimos muito frio. Depois fomos para a Argentina, ficamos no apartamento de um amigo de Toninho. Eles nos pegavam com o carro e íamos a ótimos restaurantes, casas de show e tomávamos o cafe da manhã em um bom Hotel. Durante o dia a esposa dele ia fazer compras e andávamos bastante. O tempo que ficamos lá só tomávamos vinho. Chegamos em SP às dez da manhã só pensando em beber, ainda bem que foi só aquele dia.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ganhamos um galaxy

Segunda feira depois do domingo de páscoa, Raul qdo saiu de casa para trabalhar e me mostrou um bilhete de rifa e falou: ontem ganhei um Galaxy. Foi para o banco e esqueceu de conferir o bilhete que havia comprado na AABB de Curitiba. Um colega chegou perto das mesa dele e brincando falou que tinha ganhado na rifa. Raul lembrou e foi conferir o bilhete dele. Ligou lá para casa falando ...ganhei um galaxy e eu mandei ele voltar para o trabalho pq tinha mais o que fazer.

Não demorou muito chega ele em casa com vários colegas e a Kombi toda rabiscada com os dizeres: "Ainda terei um galaxy",só então acreditei! Fiz um rendegote vermelho e fomos para Curitiba receber o carro. Ele falava: não estou preparado para ganhar um carro,vamos ter de pagar o hotel,a licença do carro e talvez um jantar em agradecimento. Falava isso mas ainda estava um pouco descrente de que tinha sido o ganhador. Antes de sairmos para o bairro Santa Felicidade ele comentava..."e senão tiver sido eu o contemplado na rifa, vou ficar muito sem graça". Deu tudo certo, a AABB pagou o jantar, o carro estava licenciado e só com 5 km rodados.
O carro era azul e felizes fomos para São Bernardo. Chegamos tão cansados que deixamos o carro estacionado na rua em frente de casa. Qdo acordamos já tinham roubado o som do carro. Ficamos com ele por um tempo mas Raul não se sentia bem, achava que não tínhamos dinheiro para andar com um carro tão chique. Vendeu e emprestou o dinheiro para a mãe dele que estava saindo de Vitória para morar no Rio de Janeiro. Depois, ela devolveu e usamos o dinheiro para ajudar a construir nossa casa.

Para comemorar o carro, fomos ao Ceasa e compramos uma caixa de 20 kilos de camarão VG e fizemos uma bela muqueca para os amigos.

Numa dessas férias em Vitória, Raulzinho conheceu Beth, ele tinha doze anos e estão casados até hoje.

Francesca um dia, como o Zorza, falou que ia embora de casa. Ela tinha uns cinco anos e eu como sempre falei: "pode ir, mas só com a roupa do corpo" e ela retrucou que tinha muita roupa dada pela madrinha mas, no final, acabou ficando. Um dia mandei que ela fosse de castigo para o quarto e só descesse na hora do almoço. Passou um pouco de tempo e ela desceu e eu perguntei pq tinha saído do castigo e ela respondeu que não tinha culpa se o almoço não estava pronto.

Mudamos para a casa nova que ficava em frente a cidade das crianças, no Jardim do Mar. Os vizinhos eram ótimos e todos gostaram muito da mudança. Raul um dia estava chegando para almoçar e ouvimos uns gritos. Fechamos rápido as janelas que davam pra casa vizinha que estava sendo assaltada, Raul pegou o revólver e deu uns tiros para cima, eles assustaram e fugiram levando o carro do vizinho...foi um belo susto.

Raulzinho que freqüentava o grupo de jovens, ele que sempre foi calado, voltou animado do Toloquinho, onde passou um fim de semana com o grupo. O jeito dele era sempre assim, gostava muito de música e sempre caseiro. Um domingo fomos à igreja e ele ficou em casa. Na saída vimos a turma de jovens reunida. Qdo cheguei em casa perguntei porque ele não participou do passeio, ele disse que preferiu fazer o nosso café para quando voltássemos da missa. Raul fez e depois fiz também o Cursilho, foram três dias longe de todo mundo com pessoas estranhas, pra dizer a verdade não gostei muito e achei pouco aproveitamento para minha vida. Começamos todos lá de casa a nos reunir no domingo às dez horas, sentados no escritório , líamos um trecho da bíblia e cada um dizia o que tinha achado daquilo. Cada filho dava sua opinião sobre a semana que passou e o que faríamos para melhorar a convivência entre todos. Numa semana sugeriram que tratássemos nossos filhos como tratamos os filhos do vizinho, faz favor , obrigado e da licença, na outra semana sugeriram que procurássemos ajudar alguém, tratar melhor nossa ajudante e assim tentávamos nos melhorar.

Luciana continuava treinando e fazendo bonito nos jogos, foi para uma cidade jogar, quando voltou tinha machucado o joelho, levei no médico, ele pediu um monte de exames e deu que ela estava com reumatismo infeccioso, tinha que ter repouso absoluto. Ela passou a dormir no quarto, na parte de baixo, perto da copa, só saía da cama para ir ao banheiro, até comer era na cama, parou com o colégio, mas as colegas vinham trazer os deveres. Precisou tomar Bezetacil de três em três dias, depois uma por semana e devia tomar uma por mês durante muito tempo, mas desistiu. Foi uma época de muita preocupação. O medico falou que aquele reumatismo lambe as juntas e morde o coração. Mais tarde fez cateterismo, deu um soprete no coração que, como sempre, ela nem quis saber.

Raul foi outra vez passar dois meses em Brasilia, antes de ir deixou tudo acertado no Terraço Itália para a comemoração dos quinze anos de Luciana. Ela não queria festa, quis um lanche com umas dez colegas. Passaram a tarde lá e gostaram muito. Mesmo Raul estando viajando fiz uma festinha lá em casa, foi muito bom! Ele chegou de surpresa e a casa ficou cheia.

Fomos no Salão do automóvel no Ibirapuera, nos encantamos com o carro novo da Chevrolet, o GTX, o nosso era azul, era lindo mesmo!

Faltava uma semana para o curso em Brasília acabar, Raul pediu que eu fosse conhecer a Capital e voltar com ele. Antes de viajar, além de mil recomendações, comprei vários brinquedos para Nena dar as duas pequenas, um brinquedo para cada todo dia, deixei um cardápio pronto com tudo o que elas gostavam, comprei minha passagem de ônibus. Fui de ônibus até a rodoviária, com mala e tudo, preocupada em deixar os filhos e com medo também desta viagem. Cheguei bem antes da saída do ônibus e sentada vi gente ser assaltada e o assaltante voltar para o mesmo ponto onde havia acabado de roubar e isto ia me deixando mais nervosa. Entrei e procurei meu lugar, perto de mim sentou um Sr moreno que foi logo falando, vamos para Brasilia... não dei assunto, ainda bem que ele mudou de lugar. Fui conhecer o Palácio da Alvorada e vários pontos turísticos. Não gostei muito, achei a cidade feia com tudo distante.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Férias na Bahia

Como todo ano faziamo,s fomos de férias para Vitória. Névio, irmão de Raul, tinha comprado uma brasília e ele e Anna iam passar uns dias na Bahia, na casa de um colega que cedera a casa para eles. Como a casa era grande, nos chamaram para ir junto. Apesar de Francesca ser pequena, aceitamos.

As crianças ficaram na casa de mamãe e seguimos de trem até Governador Valadares, despachamos o carro e de Governador seguiríamos até Salvador. Foi um passeio muito bom! Eu e Raul saíamos cedo para conhecer o centro e as Igrejas, Anna e Nevio preferiam as praias. Na volta saímos muito cedo, logo depois o vidro da frente quebrou, estávamos de bermuda e passamos muito frio pois, apesar de ser verão, era muito cedo e o carro correndo e cheio de cacos de vidro, ficou dificil. Paramos em Vitória da Conquista, consertamos o carro e depois foi tudo bem.

As crianças estavam bem, só Mônica que toda tarde, como me contaram, subia no murinho da casa de mamãe achando que íamos chegar. Quando meus filhos nasciam, não deixava eles no meu quarto, quando tinha que amamentar, Raul pegava e depois levava para o berço. Luciana e Raulzinho eram escalados para dar a última mamadeira, cada dia um. Assim, eu ficava despreocupada. Com os outros filhos, quando tinham algum problema, eu recorria ao livro "A vida do bebê" que me ajudou demais. Levava no médico, quando ele perguntava que providencia tinha tomado, eu falava e eles brincando diziam "já está no quinto ano de medicina".

Mas com Francesca fiquei insegura, qualquer coisa que ela tinha, corria para o médico. Raul precisou fazer um curso pelo Banco e foi passar dois meses em Brasilia. Ela começou com um problema de intestino que por mais que eu levasse ao médico, nada estava dando certo. Um dia conversando com meu médico de garganta, comentei que não sabia mais o que fazer. Ele disse: "dê a ela somente suco de macã coado em um guardanapo", mandou eu cozinhar banana nanica e dar a ela, mas também mandou dar cinco colherinhas de café de magnésia. Falei que eu ia matar a menina dando magnésia tantas vezes para quem estava com problema de intestino, ele assegurou que ela ia melhorar.Fiz tudo direitinho, em três dias ela estava melhor e ficou bem.

Quando saíamos, deixávamos um filho, sempre o mais velho, ser autoridade. Era uma forma que pensávamos que funcionava, mas as autoridades ás vezes abusavam do poder e, muito tempo depois, soube dos castigos dos irmãos com os menores, mas estão todos vivos.

Nininha foi passar uns dias em casa, saímos todos e deixamos Francesca com ela. Fran perguntou se ela gostava de ser autoridade, Nininha disse que não gostava de jeito nenhum, então ela falou "hoje eu sou autoridade", achamos graça, ela nunca tinha vez.

Encomendamos móveis novos, as crianças cresceram e precisavam de escrivaninhas e móveis novos. Quando tudo ficou pronto, a casa ficou em ordem. Como as meninas dormiam no mesmo quarto, tomavam conta da Francesca à noite, durante o dia ficava na cama que tinha uma grade alta, brincando e comendo biscoito para distrair. Antes de dormir trocava os lençóis e sacudia o colchão com medo de formiga.

Mônica foi para um parquinho da prefeitura e Fran ia junto, era um sossego em casa. No parquinho teve um curso de flores de tecido, fui fazer e gostei muito, logo comecei a achar retalhos próprios para flor, engomei e com as apostilas comecei a dar aula de flores ás quartas feiras, cada aluna saia com sua flor pronta. Pagavam por aula e neste mesmo dia eu e Raul saíamos para gastar aquilo que eu havia ganho á tarde. Quando o curso acabou, peguei o que tinha ganho na última aula e comprei um jogo de mesinhas para a sala.

Quando fran estava com uns seis meses tirei minha carteira de motorista. No dia da prova sai cedo de casa, preocupada. Raulzinho estava com febre, pedi para ser a primeira, o fiscal tinha se aborrecido com alguém e deu uns gritos, quando entrou no carro perguntou se eu estava nervosa, falei: "Com os gritos que o sr. deu qualquer pessoa ficaria nervosa". Ainda bem que passei, fiz baliza, garagem e percurso direitinho. Minha vida melhorou. Antes para levar as crianças ao médico era uma novela, não sabia na mão de quem eu segurava para atravessar uma rua. Um dia fui com quatro ao dentista, tinha costume de pendurar minha bolsa no banco do motorista, Raul viajando. Quando voltei para casa fiquei apavorada, não achava a bolsa de jeito nenhum... voltei ao dentista, não estava lá. Mais tarde ligaram do Banco dizendo que tinham entregue uma bolsa e eles viram que era da mulher de Raul. Nunca gostei de Banco, nem havia entrado lá para nada, me encaminharam ao gerente, quase morri de vergonha! Sobre a escrivaninha dele tudo arrumadinho, um montinho de dinheiro, outro de documentos, óculos e umas mil coisas que carrego, ainda mais com quatro crianças atrás de mim. Agradeci, fui jogando as coisas dentro da bolsa de qualquer jeito e sai rapidinho.

Raul ia fazer quarenta anos e resolvi fazer uma festa surpresa. Fiz bastante salgado, bolo, tudo do bom e melhor. Pedi aos colegas que não deixassem ele perceber o que ia acontecer, tudo escondido! Ele chegou e perguntei como foi o dia, ele disse que estranhou que ninguém cumprimentou pele aniversário...logo depois tocaram, quando ele foi atender era o gerente e o subgerente e assim foi até chegar todo mundo. Ele estava assustado e dizia, só temos queijo e salaminho para servir. Mal sabia ele, comecei a servir tudo que que tinha feito e todos gostaram muito. Quando todos foram embora, perguntei se ele tinha gostado da surpresa, falou que não, que passou um nervoso tão grande sem saber o que servir que não gostou do que eu tinha feito. Fiquei chateada, mas minha intenção era agradar.

Tínhamos um terreno em um bairro muito bom, o Jardim do Mar. Construímos uma casa ao nosso gosto, Raul era subgerente em Diadema e eu procurava resolver o que podia com o engenheiro e arquiteto, eles tinham muitas idéias boas e íam apresentando e eu ajeitando, contando que não encarecesse a obra. Som em todos os ambiente, videro de seis milimetros de espessura, tábuas de madeira corridas, paredes de pedra etc. Quando tudo ficou pronto, estávamos com uma casa maravilhosa com uma edícula para cinco carros. No fundo do quintal,onde faziamos as reuniões com amigos era tudo de bom, até nosso banheiro, que era com azulejos cinza e flores rosa, era carpetado de azul cobalto, tudo lindo e caprichado.

Tinhamos uma ajudante que foi a melhor que tive, seu nome era Nena, chegava as sete e saia as cinco. Gostava muito de todas as crianças e agradava a todo mundo. Luciana saiu do João Ramalho e passou a estudar no Colegio São José, o mesmo da Mônica e da Francesca, ela estudava pela manhã e as duas e o Zorza à tarde. Ela começou a treinar vôlei e ficou muito boa no que fazia. Ía aos jogos abertos nas cidades vizinhas. Ela usava aparelho móvel para acertar os dentes, antes de entrar no clube escondia o aparelho no jardim, antes de chegarmos para buscar, ela lavava e colocava na boca... mas, um dia, o pai dela ficou esperando ela sair e ele fiscalizava se estava com o aparelho, não deu tempo de lavar, disfarçadamente colocou na boca, só que tinha uma lesma presa ali. ela quase morreu de enjoo!!!! Até hoje não gosta de falar disso.