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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Lembranças... dia-a-dia em Vitória

Quando Francesca e Mônica Voltavam uma tarde do colégio, era hora da saída dos pedreiros, eles vinham dispostos a falar alguma coisa com elas... chegaram em casa dando risada, Mônica fingiu que era especial e Francesca estava puxando ela pela mão. Eles nem falaram nada, mas elas se divertiram.

Outro dia notaram que um carro estava seguindo as duas e que ele dava a volta no quarteirão, bateram na primeira casa que encontraram , a Sra levou as duas até em casa e levamos flores para ela no dia seguinte em agradecimento.

Nas aulas de pintura, bastava as alunas chegarem que meus problemas desapareciam, começa uma "conversarada", cada uma contando um caso, um problema e quando acabava a aula, eu via que quem não tinha problema era eu. No final do ano fazíamos uma festa que era tão boa que tinha aluna que dizia que estava tendo aula só por causa da festa. Tinha bingo, sorteios, desfiles, brincadeira das cadeiras, amigo X e no final tinham as coisas gostosas que elas traziam;

Raulzinho foi chamado para o Banco, resolveu que queria casar, queríamos que esperasse mais, ele era muito novo, casou com vinte e um anos. Foi um casamento simples, Anna, que estava de férias em casa, me ajudou muito. Todos ajudaram. Carlos Eduardo filho de Odete emprestou o terno, eu fiz a roupa de Mônica e Francesca, elas foram as damas com mais uma amiga de Beth. Madrinha fez uma torta doce enorme, Anna fez o salpicão, Regina o pernil e no final deu tudo certo. Antes do casamento fizemos o Rick da lata, cada pessoa convidada levava uma lata de conserva, azeite, ervilha, molho, o que quisesse e podia se divertir à vontade! Ficou tão animado que a vizinha chamou a polícia mas, quando chegaram, viram que eu e Raul estávamos o tempo todo ali e que a brincadeira era saudável, pediram para diminuir o som e foi só.

Arranjei uma ajudante mas não deu para pegar informação pois estávamos nas férias e a ex patroa estava viajando. Em matéria de serviço era fora de série. Só cuidava da parte de baixo da casa, em cima eu e as crianças dávamos conta. Ela acordava cedo, fazia uma jarra grande de suco, arrumava a mesa...sem faltar nada. Depois que arrumava a casa, fazia o almoço caprichado, acabava de arrumar a cozinha e ia para o quarto dela e dormia atá as quatro horas quando saía para fazer o lanche e o jantar. Ia embora só no sábado. Pedi que fosse na padaria comprar presunto e, antes dela ir para casa, dei uma olhada na bolsa que já estava pronta. Encontrei blusa das crianças, bolsa de praia e mais alguma coisa... quando ela voltou, pegou a bolsa sem notar que eu havia tirado o roubo de dentro, pensei, segunda ela não aparece... doce ilusão, logo cedo chegou dando bom dia como se nada tivesse acontecido. Todo sábado a cena se repetia, mandava na padaria tirava as coisas minhas da bolsa dela e assim foi até que um dia não achei nada, chamei Luciana que e muito esperta e pedi para ela dar uma olhada bem caprichada. Ela achou costurado dentro da capa do travesseiro vários panos de bandeja, que eu havia comprado em um bazar. Era véspera de Finados e eu e Raul tínhamos programado um passeio por Minas Gerais iríamos a Ouro Preto e as cidades vizinhas. Falei com Raul, o que vamos fazer? Fomos para o quarto dela e falamos de todas as coisas que tiramos de sua bolsa e que achamos a fronha com os panos, ela começou a chorar e disse que estava levando os panos para tirar modelo, Raul disse "porque não falou com Heny ela tiraria tudo para você". Vou levar você na policia , vai ser fichada, ela estava noiva e seu noivo vai saber de tudo. Vamos na casa de cada parente seu procurar coisas nossas lá. A menina parecia que ia desmanchar de tanto que chorava, prometeu que não faria mais isto. Continuou trabalhando lá em casa, levou Mônica e Francesca no chá de panela e ganhou um faqueiro de presente de casamento.

Luciana prestou vestibular e passou na Emescam mas passou em Odontologia na Ufes e foi lá que fez a faculdade. Na Formatura dela encomendei todas as roupas na Liliana Modas, ela era minha aluna e tinha muito bom gosto, éramos freguezas dela.

Sempre morando fora e não participando das coisas, não sabia que quando os filhos faziam vestibular as mãe iam para o Campus para dar um apoio, não sabia que no dia do trote era bom se eu tivesse participado e assim deixei a desejar sem participar das coisas...

4 comentários:

  1. Ah! Tia Sempre que estou animada para continuar acaba! Morro de pena! Acho melhor você escrever um livro, nos iamos adorar! Estou adorando! Beijos, Denise

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  2. Rsrsrsrsrs,eu lembro dese dia!Essas duas já sabiam se virar na hora do aperto,muito engraçado mesmo.Até hoje qdo lembro disso dou risada...está tudo ótimo mamis,muito bom mesmo,bjs.

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  3. Nem lembro quem foi essa garota... Mãe eu nunca soube disso de trote. Lembro da festa que era comprar roupa na Liliana.
    Lembro das festas na área, tipo festa americana e lembro do Rock da Lata. MUito bom, me achei grande por participar da festa.

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  4. Gente , eu de retardada exagerada -andando toda torta com a Fran me puxando, tinha acesso de riso da cara dos pedreiros quando forma mexer com a gente e eu comecei a ter um "ataque", pedindo pra Fran ficar bem seria e falar" Mamãe vai te dar o remedio quando chegar em casa!" , todos se contraíram ,tipo: Ih criança especial não vale mexer não cara, pára aê".

    Acho que o lance do possível sequestro- era na época de Aracelli, eu estava sozinha, entramos na casa do navio da Hugo Musso, nosso salvador.

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