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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Madrinha foi com a ajudante dela levar flores para Otto, lá pelas tantas a ajudante, que por sinal estava há muitos anos na casa dela, falou, "Seu Otto deve estar muito contente", Madrinha perguntou, "porque?" Ela disse "aqui está como ele gosta, sombra e água fresca". Ele já tinha morrido há uns quatorze anos e um dia que sonhou com mamãe dizendo para ela procurar um rapaz, que por sinal já estava bem idoso, que era fã dela quando era mocinha não sei se ela imaginou ou se aconteceu mesmo. No dia seguinte telefonou para a sobrinha dele para contar o sonho e ao saber notícia, a sobrinha disse que tudo estava bem, mas ligou para o tio e comentou sobre o telefonema. Ele ligou para madrinha, marcaram dela ir ao Rio onde ele morava, se encontraram e namoraram até ele falecer, isto quando ela estava com oitenta e um anos. Esta sozinha, mas se aparecer um idoso enxuto ela ainda encara.

Assisti à poucos casamentos dos sobrinhos, fui ao de Denise, Regina Dalva, Ralph, Carlos Eduardo, Rosângela , Silvinha, Juninho, Cristina, o segundo de Mequinho e o de Cláudio. Telininha casou quando eu morava em SP, Rita casou no Paraná, Jose Roberto e Arildinho não casaram e os casamentos dos filhos de Arlethe não estava aqui. Também não fui ao casamento de Rosana. era muito perto do Natal e não deu mesmo, mas o de Nevinho fomos à SP e levamos Mônica e Francesca.

Depois das minhas bodas de prata, mamãe que já não estava muito bem, só foi piorando. Toda a folga que eu tinha era para ir ao hospital. No sábado esperava passar o almoço e quando Raul dormia era minha hora de pegar o carro, ir até as barcas, ir na associação, ficar um pouco lá e voltar antes de Raul acordar, era uma correria. Quando podia, dormia lá, tinha uma enfermeira contratada particular para ficar a noite, mas sempre dormia uma filha. Tínhamos dois quartos por conta de papai.

Nas férias de julho mandei Francesca para o Rio para ficar uns dias com Beth, uma noite Raul chegou do banco e falou que viria à Vitoria. Chegou para o enterro, mamãe se foi naquela noite. Luciana tinha chegado dos jogos de inverno no Paraná mas quando tudo aconteceu, ela estava lá, mesmo com distenção na perna subiu os lances de escada, para se despedir dela. Ajudou a trocar a roupa e foi para casa, não apareceu no enterro mas como as outras netas sentiu e sente até hoje a grande falta que ela faz.
Acabaram os Natais, dia das mães e todas as reuniões que fazíamos na casa de mamãe. Ela que se preocupava com cada neto fazendo a comida da preferência de cada um... acabou.

Juninho dormiu uma noite em nossa casa, no dia seguinte cedo fomos de carro ate Paul, onde sempre ficava estacionado e como a barca já havia saido pegamos um bote. Quando chegamos em Vitória, Juninho foi saltar do barco e como não estava acostumado caiu na maré do cais. Ainda bem que levou na esportiva e não se machucou.

Luciana estudou seis meses numa faculdade, acho que era UERGE, não tenho muita certeza, jogava vôlei e não precisava pagar, isso enquanto esperava o segundo semestre, quando iria para a UFES. Ía de onibus (não tinha ainda a terceira ponte), era no colégio do Carmo, mas a noite, para ela não voltar sozinha, eu ia buscar. Saía de casa ás vezes com medo por causa da chuva e as dez e meia estava esperando a saida dela. Um dia ela estudava em maruipe fazendo Odontologia e resolveu vir andando, disse que estava cansada de esperar o ônibus, veio á pe até a Praia da Costa, foi muito corajosa.

Zorza passou para engenharia, resolveu fazer um curso de computador na Ufes e largou a faculdade para tristeza do pai dele. Sempre muito aprontador, quando Raulzinho falava alguma coisa, ele falava, "voce não é normal, só fica agravando e ouvindo música, só namora uma menina... eu sou ,esta no meu tempo de aprontar". Quando saia, sempre tinha uma novidade, uma briga, perder os documentos do carro e por ai ia.

2 comentários:

  1. Tia, foi lindo e triste, as recordações da doença da vovó! Mas esta acabando? Não, falta falar dos seus filhos e netos, não é? Fico morrendo de medo que acabe1! Conta mais,tá? Beijos, Denise

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  2. Nossa, como foi triste a perda de Dindinha... lembro bem dela definhando.Tio Gomes que chegou e fez uma oração com as mãos na cabeça dela, só aí ela desencarnou, acho que não queria ir mesmo...

    Zorza era mesmo encapetado, credo, nem parece o docinho que que é hoje.

    Lembra que essa mania de gravar musica era dos dois, Lu e Raul, e Lu colocava tudo em ordem, tinha vários indices, era maniaca obsessiva por organização de dados, é assim até hoje!!!! Que inveja... ela pegou todos os meus neurônios desta parte, tanto que faz tudo que eu preciso nesse campo.GRAÇAS A DEUS!

    Aliás, só eu e Zorza nascemos sem estes neurônios... não temos tino administrativo, FRAN desde pequenas quis mexer com isso, e é a maior Ferinha da Familia. Puxou a papai, pq tem os dois tinos: de organização ( no administrativo) e de administração ( faz cada milagre com dinheiro que até Deus duvida).

    Mãeeeeeeeeee to lembrando aqui do quarto do Zorza!!!! Lembra que tinha cheiro de chulé? Ele ficava possesso quando a gente falava!kkkkkkkkk
    Coisa de adolescente mesmo!!!!

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