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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Em uma quarta feira qualquer de uma semana, estava dormindo com o Sr meu marido, quando ouvimos um verdadeiro estrondo. Como já fomos assaltados pensamos logo no pior. Acordei com Raul perguntando ,Heny, que barulho foi este? ,sem abrir os olhos fui logo esclarecendo que estava dormindo como ele. Enquanto eu pensava que havia caído um abajour ou qualquer coisa da mesa de cabeceira ele pensavava”depois contou” que os cupins tinham comido tudo de dentro do armário e tudo tinha desabado.
Receoso Raul abriu a porta do quarto,vou explicar uma coisa: na parte de cima de minha casa , tem uma sala com uma porta que separa os quartos e o banheiro. Neste hall tem cinco portas, uma de entrada, uma para meu quarto,uma para o banheiro,uma para o quarto de hospede e uma do quarto de Luciana, entenderam? Quando abriu a porta do nosso quarto foi logo perguntando a Luciana que barulho foi aquele, ela demorou a responder, mas enfim falou: quando saia do banheiro ao envez de ir para a porta do quarto dela, como estava com os olhos fechados , foi com tudo na nossa porta. Quase quebrou o nariz. Tudo bem ai quem perdeu o sono foi eu o susto me deixou alerta, só espero que daqui para frete ela abra o olho quando voltar do banheiro!

sábado, 21 de maio de 2011

Um sábado como os outros, um pouquinho de frio para temperar e fiz tudo o que pretendia fazer. Ensopei um frango (quase queimou), fiz polenta, quiabo, arroz de lentilha, servi o almoço...como não deito após comer, tenho refluxo, fiquei bordando e fazendo palavras cruzadas para passar o tempo. Quando vi que não agüentava mais manter o olhos abertos e fui deitar. Ai que veio a melhor parte do sábado. Sonhei que estava na casa da Santa Clara e tinha ficado em casa enquanto Raul levava as duas filhas que eu tinha à praia. Elas chegaram e nem ligaram para mim... ai eu pisei nas tamancas e falei:vêm me dar beijo contar o que fizeram e dizer que me amam.

Na verdade, nunca agi assim. Nem meus filhos! Então, fiquei pensando quando acordei e ainda com os olhos fechados, vou escrever no meu blog. Elas podiam ter dito: nós não pedimos para nascer, porque temos que te amar? Pediram sim, na hora do "hora veja" foram correndo e competindo com os outros espermatozóides querendo fecundar óvulo. Deviam ter ficado lá trás e morrerem no sanitário. Eu não escolhi os filhos, aceitei todos do jeito que vieram e estão até hoje.

Quando estava grávida, levava o bebê aonde ia e se pudesse deixaria ele dentro de uma gaveta para sair com uma roupa elegante, mas não, ia ao banheiro,levava ao super mercado e onde fosse, vocês estavam comigo. Agora têm que me agüentar um pouquinho. Às vezes, me meto um pouqinho na vida de vocês, mas é porque quero o melhor para cada um. Estou cozinhando, lavando, andando na rua e me pego pedindo à Deus proteção para vocês. Chego a ser chata, não sei fazer muito carinho, esta é minha forma de dizer que amo vocês demais e, se pudesse, tudo de ruim que acontece com vocês que viesse para mim, eu agüentaria sorrindo. Obrigaga por estarem na minha vida, obrigada por me compreenderem e me amar mesmo que seja um pouquiho. AMO VOCES!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Há uns dias estava em Guarapari e notei que Raul estava muito pensativo, perguntei o que era e ele disse: tenho muito medo de Neusa morrer.


Minha santinha querida

Faz uns três anos que eu perdi uma lembrança de mamãe,uma jóia que ela havia me dado... e de todas as jóias que tive esta sempre foi a minha preferida. Estava arrumando um armário que tenho na sala, onde guardo minhas contas, cartão de vacina, álbuns e carteiras antigas. Em uma destas carteiras tem um santinho da morte de mamãe, novenas e carteira do INSS. Nesta carteira tem uma divisão com zíper, onde eu guardava esta jóia, uma Nossa Senhora, Imaculada Conceição, com um laço de filigana sobre ela, com uma argolinha para colocar no cordão. Minhas irmãs devem lembrar bem desta jóia, que papai deu para mamãe e que ganhei dela. Estava sem poder usar, porque a argolinha quebrou, deixei que ela ficasse guardada nesta carteira dentro da divisão com o zíper. Fui arrumar a carteira e deixei a santinha cair, estava na sala, eu e um ajudante que tínhamos muito antigo. Por mais que procurasse não conseguimos achar. Pensei com meus botões, se este rapaz não fosse de toda confiança, ele sendo evangélico, podia dar fim a minha Santinha. O rapaz meses depois sofreu um acidente e faleceu, e eu sempre que pegava a carteira ainda olhava se eu não tinha me enganado e que talvez a jóia tivesse ainda ali guardada.

Hoje três anos depois ia sair e fui fechar a janela do meu quarto do computador. Quando entrei no quarto notei um papel dourado no chão perto da cama, me abaixei para pegar e jogar fora, quando peguei no papel não acreditei no que estava vendo, era minha Santinha caída no chão. Fiquei emocionada, foi como se achasse um tesouro perdido. Ainda não entendi como depois de três anos achei minha Nossa Senhora longe de onde havia perdido e sem entender de onde ela saiu. Hoje, só mexi no armário do quarto para pegar uns riscos que preciso sempre para riscar meus panos da cheche. Já arrumei este armário várias vezes, sempre que vem muita visita desocupo parte do armário e nunca achei nada. Estou muito muito feliz, acho que mamãe esta de olho em mim, graças à Deus.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Bodas de brilhante de Odete e Silvino

Ontem fomos festejar com eles esse dia tão importante. Logo na chegada tiramos uma foto junto com o casal, que por sinal, como sempre, muito elegante e alegres.

O padre iniciou a cerimônia cantando uma música e logo depois fez a renovação dos votos. Quando disse que os noivos podiam se beijar, eles não perderam tempo. As mesas com um lindo arranjo de rosas e um castiçal com uma vela estavam um charme. Os salgados variados e gostosos eram oferecidos o tempo todo.

Perto de onde estava o conjunto tocando músicas saudosas, tinha um telão onde passava o tempo todo fotos da vida do casal, seus filhos , netos e bisnetos. Por mim, ficava olhando aquelas fotos o tempo todo, eram muitas recordações. Tinha uma foto de Odete com uma blusa, tipo cigana, lembro que um dia ela ia saindo de casa na Santa Clara, ela estava com aquela blusa e uma saia godê rodela, que estava na moda. Eu, lá no meu quarto, notei falta de uma anágua que eu tinha cheia de bordado inglês, desci as escadas correndo e encontrei Odete ainda na varanda. Pedi para ela tirar minha anágua, apesar dela pedir para sair com ela, pois as dela estavam para lavar. Eu sabia que o botão que prendia na cintura tinha caído e La ainda não pregara outro, não teve jeito teve que tirar saia ali mesmo na varanda, saiu murchinha. Eu era muito brabinha. A vida me ensinou a ser mais maleável, mas demorou.

A festa foi perfeita, não podia ser melhor. Só teve um probleminha, minha sandália estava apertando tanto o meu pé que por pouco não tirei a bendita e escondi embaixo da mesa. Agüentei mais um pouquinho, quando cheguei em casa a coisa tinha feito dois vergões no meu pé que estavam quase sangrando. Quem gostou foi Fran que ganhou uma sandália novinha, que faça bom proveito. Daqui a três anos, se estiver viva, vai ser minha vez de fazer bodas de brilhante, será que chego lá?