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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Férias

Eu e Anna sempre amigas e conversando sempre pelo muro do quintal. Raul vendeu o Chevrolet e comprou um Vanguard, um carro que dava mais trabalho que serventia. Viemos passar as férias em Vitória. Quando chegamos no Morro do Côco o carro não andava de jeito nenhum, tinha muita lama e, além de atolados, estávamos ficando sem bateria. Isso tudo com o carro com sete pessoas, dentro às duas horas da madrugada. Estávamos pensando que teríamos que esperar o dia amanhecer, mas passou um caminhoneiro que rebocou nosso carro e saímos daquele sufoco. Quando íamos chegando na praia da Costa, a qualquer hora tomávamos um banho de mar, era o mais queríamos.

Neste ano que Mônica nasceu, foi o ano da revolução, Raul foi em casa me buscar e fomos para a cooperativa comprar mantimentos, não sabíamos como ia ficar a situação e fomos logo nos garantir. O trânsito parecia véspera de Natal, para todos os lados carros que não acabavam. Ainda bem que foi mais susto.

Vendemos o carro para Névio e compramos uma Kombi, nossa turma estava muito grande e não teve outro jeito. Anna ganhou uma Máquina de costura. fez o curso e começou a costurar para várias conhecidas, eu costurava de alegre mas ela era pra valer. Usava o cinto igual ao vestido, do mesmo tecido, e Névio ficou com a confecção dos cintos.

Neste ano fiz cirurgia de períneo, foi dureza, fiquei uma semana no hospital, só via Raul à noite, quando chegava para dormir e me fazer companhia. Era muito ruim não ter ninguém durante o dia todo.

Convidamos os pais de Anna para irem à Vitoria passar as férias, viriam e voltariam conosco. Ficaram hospedados na casa de mamãe que gostava muito deles. Quando estávamos voltando, Névio e a família estavam de férias e resolvemos que a kombi daria para todo mundo. Quando chegamos no Rio passamos da saída para SP, Névio falou para passar sobre o canteiro mas o guarda viu, nos parou e não queria que continuássemos a viagem! Depois de muita conversa e com pena daquela confusão, nos liberou! Carro com treze pessoas, em plena Av. Brasil, às três horas da tarde, muito calor e cansaço.

Durante a viagem, para distrair as crianças, cantávamos, contávamos os caminhões, fazíamos advinhações... mas tinha uma hora que começavam as briguinhas “quem ia dormir no edredom que arrumávamos lá atrás do carro“. Nessa hora, eu avisava quem começar a brigar podia descer do carro que vai ficar na beira da estrada e vamos embora. É claro que não acreditavam. mas ficavam mais calmos.

Nas férias, como todos os filhos de D Rosa estavam em Vitória, íamos a todos passeios. Camburi que só tinha mato! Carapebus era tudo de bom, com aquela lagoa de água quentinha. Íamos à Guarapari, nova Almeida e sempre com a turma toda. Quase não ficávamos na casa de mamãe... hoje vejo que devia ter ficado mais com ela.

Um dia das férias tinha um jantar na casa da tia de Raul, era quando nos arrumávamos mais, e era muito gostoso, principalmente por Tio Moacyr que era uma pessoa muito querida.

3 comentários:

  1. Nossa mãe,como lembro disso tudo...as coisas voltam à memória de maneira muito boa.Lembro dessa vinda pra vitória qdo o carro quebrou...Raul deitado na tampa trazeira do carro e nós olhando o céu pq tinha um facho de luz que se movia e não sabíamos o que era!Aquela kombi branca.........saudade demais...do frango,do macarrão,das paradas em araruama e macaé.......ai ai!!

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  2. Que bom sentir saudades...que bom ler sobre uma vida, que a gente, quando cresce, esquece..Adoro, lembrançãs! Beijos, tia, Denise

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  3. hahahahahaha! Vó é uma delicia ler essa lembranças; Tô rindo aqui com essas briginhas desses seus filhos.. imagino!!!! rsrsrsrs

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