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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Passeio em Santos

Quando Monica fez sete dias resolvemos ir à Santos tomar banho de mar. A kombi estava cheia, até mamãe foi também. Enquanto todos se divertiam fique amamentando e tomando conta dela que ficava dentro do carro no Moisés. Comemos uma bela moqueca de camarão e, ao anoitecer, estávamos de volta. Mamãe preocupada com Mônica, ela não teve nada, à noite o médico precisou ir lá em casa por minha causa, estava com princípio de desidratação.

Raul, por causa do Banco, tinha vários conhecidos japoneses. Convidavam para irmos na casa deles, moravam em chácaras onde criavam galinhas e plantavam batata. A primeira vez que fui estranhei. Iinha panelas penduradas pelas paredes, perguntei para que faziam isto, dissera que quando os ladrões chegavam (a casa era de madeira), as panelas faziam barulho e eles acordavam. Os galinheiros ficavam iluminados a noite toda para as galinhas comerem ração sem parar e botarem mais ovos.

Sempre passamos o dia de Natal fora, mas em São Bernardo era muito bom. Comprávamos muitos brinquedos e cada criança tinha um monte em cada canto da sala. Dormia muito cedo no dia 24, para chegar logo o dia dos presentes. Eu e Raul saíamos de casa pelas dez horas, passávamos na casa de um amigo, bebíamos alguma coisa e com eles seguíamos para a casa de outro e de vários, cada um pegava seu carro e formávamos uma caravana cumprimentado e visitando os mais chegados. Às duas horas estávamos na casa do Jovio, onde sempre tinha um sopa de palmito deliciosa, especialidade de Lúcia. Acabávamos a noite sempre lá em casa, tomando o café da manhã e vendo a alegria das crianças ao abrir os embrulhos.

O dia 31 de dezembro todos os anos eu passava na janela do meu quarto, ouvindo o movimento dos fogos e sentindo falta da casa de minha mãe, todos dormiam cedo. Eu e Raul nos acostumamos a comemorar todas as datas que marcaram nossa vida: o primeiro beijo, dia do noivado, dia do casamento , páscoa, dia dos namorados, enfim, tudo era motivo para presentear e receber presente, a vida tinha sempre uma motivação.

Um dos melhores dias do mês era aquele que íamos para a cooperativa comprar coisas para o mês inteiro. Era tanta coisa que enchíamos três carrinhos. Eu sempre aproveitava e comprava lençóis, toalhas de banho e uma roupa para mim.

Quando mudamos para São Bernardo, sentia muita falta de São Paulo, achava que não ia me acostumar ali. As crianças iam para o colégio, punha a Monica para dormir depois do almoço e saía e andava pelas ruas olhando os jardins das casas, querendo gostar dali... foi isto que aconteceu, gostei tanto que não queria voltar para minha terra.

Um comentário:

  1. Me lembro muito de tudo isso mãe,como era bom!!!Lembro de seu Jóvio,da esposa,do Rui e esposa,Peixoto e Vilma......eita qta lembrança boa!Obrigada por trazer tudo de volta,bjs.

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