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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Retrospectiva

O que aconteceu com Acioli: lá passava a linha do trem que ia para Minas Gerais. Tiraram o trem, a cidade que já era pequena, saiu até do mapa. Herondina, depois de uns anos, saiu lá de casa, mas quando estava conosco teve uma pneumonia e colocaram sanguesuga nas costas dela, eu vi e foi horrivel.

Chico Eva, os filhos e Mãe Eva nunca mais os vi. Tia Dininha, sempre que eu estava em Vitória, vinha me ver. Continuei sendo a filha dela até quando faleceu, com mais de oitenta anos.

A casa de Colatina, soube que papai doou para a Igreja. A casa da Santa clara, papai vendeu para um senhor de Colatina que tinha uma rede de farmácias, depois foi vendida para a seita Muum, está lá, toda maltratada com os vidros quebrados.

Papai, depois que mudou para Vitória, aprendeu a dirigir para não entrar em outra padaria. Teve diversos carros: começou com um pequeno que a Fiat lançou, passou pasa o Plimout, craisle, fissore e acabou conm um volks quatro portas.

Mamãe sempre aquela pessoa querida que ajudava todo mundo, sempre fazendo biscoitinhos de natal, capeleti e tudo de bom que se pode imaginar. No Natal fazia as comidas que cada filho gostava, apesar de papai reclamar que ela não parava de trabalhar e ia se cansar. Mas ela, acho que era como eu, só cansava se tivesse aborrecimento.

Otto, já falei bastante dele, era mesmo uma figura. Se candidatou a deputado estadual e ganhou, continuou a cantar em todas as reuniões lá de casa a música "Giovane meu filho escuta, Giovane, filho querido, Giovane meu filho viuuuuuuuuuu, Geovane foi aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaPunhalado".Depois que ele morreu, ninguém acha mais graça de cantar.

Milton Simões, casado com Dulce, foi um dos cunhados mais queridos, todos gostavam dele. Era muito alegre e se dava bem demais comigo. Teve um problema de coração e também nos deixou.

Américo, marido de Arlethe, era uma pessoa que fazia tudo para agradar a mulher dele. Quando viajava, trazia roupas lindas e chiques para Arlethe, queria que ela andasse com o que havia de melhor. À tarde quando chegava do trabalho colocava os filhos pequenos no carro e dava voltas até eles dormirem, colocava na cama, só então ia jantar. Depois de José Roberto nasceu Mequinho, depois Cristina, Alexandre, Anginha e, por último, Carlos Augusto, que tinha só dois anos quando ela faleceu, esta é outra historia que vou contar depois. Todos os filhos nasceram em uma data especial o mais velho dia do trabalho, o segundo e a quarta no carnaval, aterceira no dia do natal, Alexandre, não tenho certeza, o último no mesmo dia da filha de Odete e do aniversário de Madrinha. Depois da morte de Arlethe, ele casou mais duas vezes, mas com 365 dias para morrer, foi morrer no dia do aniversario dela.

Silvino, casado com Odete, está firme e forte até hoje. Foi o melhor genro do mundo para papai. Além de respeitá-lo muito, foi aquela pessoa que enquanto papai ficou no hospital ia todos os dias visitar na hora do almoço. Até os últimos dias da vida de papai ele foi um companheirão e temos o maior carinho por ele.

Tio Tote, depois que mudou para Colatina, ficou morando com os filhos, Cléia era a que mais ficava lá em casa. O filho mais velho está bem e continua morando em Colatina. A filha mais velha mora no Rio, Cléia esta bem e, quando pode, vem tomar o café da manhã aqui em casa. Gualter, Nicéia e Neila já faleceram e deixaram saudade.

Denise, minha sobrinha mais velha, casou, depois de namorar muito e morar aqui em Vitória, tem três filhas, uma delas é minha afilhada,joana. Rita de Cássia namorou muitos anos, quando estava com o vestido de noiva encomendado e tudo pronto para casar, o rapaz desistiu. Ela, na época, ficou super triste, foi embora para o Paraná, refez a vida e casou com uma pessoa ótima, só tem um filho mas é muito feliz. Foi sorte dela aquele casamento não ter se realizado.

Telina, a única neta com o nome de mamãe, é uma amigona, além de minha afilhada. Adora ler, é muito competente em tudo que se mete, teve um casal de filhos Serginho e Daniele. Odete, depois do filho que não gostava de comer, ganhou Rosângela, Silvinha e Juninho, todos muito carinhosos e amigos.

Arildo casou com Regina, uma menina que morava em frente a nossa casa na rua Thieres Veloso. Depois de 22 anos de casado, separou e casou outra vez. Com Regina teve quatro filhos homens, Cláudio, Ricardo, Arildo e Luciano. Com Lucilia, só Carla. Morou no Rio na Baia e depois voltou para Vitória. Adora música, joga tênis até hoje, é amigo e muito querido.

3 comentários:

  1. Bom, este texto me emocionou muito! São palavras lindas, e carinhosas! Senti saudades, dos velhos tempos, e fiquei feliz com os de hoje, pois tenho a oportunidade de ler este Blog!Nossa fámilia é linda, e todos os dias agradeço por isto! Beijos, tia!

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  2. Lindas palavras mãe....verdadeira retrospectiva mas vale se aprofundar em algumas partes.Tenho certeza de que a senhora ainda vai fazer isso e sou só espera e espera...muito legal ler isso tudo,bjs.

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  3. Yupiiii! Mãe não canso de ler, acho que a Lu ta certa, vale se aprofundar mais em algumas partes, to curiosa. O mais interessante é a sua visão de cada "personagem" da família, muito legal.Nossa, ainda tem tanta fofoca sua e de Madrinha Ana, das peraltices de Raulzinho e todos nós... imagino o que não vem por aí... Oba!

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