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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Internato no Rio

Em quarenta e oito fui para o Colégio Regina Coeli, no Rio, se pudesse escolher não iria, mas não teve jeito. Era um Colégio muito chique, no Alto da Tijuca. Quando passava do portão para entrar tinha umas palmeiras de um lado e do outro. Como ficava no alto, tinha um bondinho do próprio Colégio onde pudiam subir uma dez pessoas. Era só entrar apertar a campanhinha que ele subia. Na primeira noite que passei lá, as Madres mandaram todas as alunas novas arrumarem as camas. Eu arrumei mas não ficou como elas queriam e tive que fazer mais umas duas vezes até acertar, isto com a ajuda de uma aluna antiga. Fomos jantar e depois de rezar nos sentamos em mesas de seis lugares, cada aluna tinha seus talheres, copo, guardanapo, tudo marcado com seu número, o meu era 245, não esqueci. Cada aluna tinha seu lavatório individual, sob a pia em um armário tínhamos que ser artistas para arrumar tudo o que fosse nosso que iriamos usar durante a semana.Recebíamos dois uniformes, três combinações, seis calças, duas camisolas, seis meias, toalha de banho,de rosto, chinelo, escova de dente, de cabelo, sabonete, pasta e papel higiênico. Tudo guardado neste armário que era inspecionado dia sim, dia não.

Quando chegávamos no lavatório era uma corrida para ficar na fila do banheiro, tinhamos pouco tempo para tudo e trocávamos de roupa sem poder mostrar o corpo. Quando a Madre dava o sinal, tinhamos que estar prontas para ir para o dormitório. Ninguém podia ter espelho, quem levava era logo recolhido e sumia.

Enquanto eu estava na Tijuca, Arildo, meu irmão, estudava interno no Santa Rosa, Colégio Salesiano. Falando em Arildo, lembrei que uma vez, como ele era muito implicante com as irmãs, mamãe vestiu um vestido nele e ele teve que ficar junto com todas nós bordando, nós adoramos mas foi só uma vez.

Quando saia aos domingos e ia para a casa dos primos no Rio ia de barca visitá-lo em Niterói. Depois, conseguiram vaga para ele estudar no São José, que era vizinho do Regina Coeli. Iamos em casa sempre que tinha um feriado maior, ás vezes voltavamos em avião de carga para não perder aula.

Em junho, Dulce e miltom casaram, não fomos ao casamento por causa das provas de meio de ano. No final de julho do mesmo ano, foi o casamento de Arlethe e Américo, foi em uma quinta feira, às onze e trinta, Américo disse que o comércio fechou por causa do casamento deles.

Dulce deu a primeira neta, que nasceu no ano seguinte. Denise foi a primeira, depois chegou Rita e para encerrar Telininha, que teve este nome por causa de mamãe. O primeiro filho de Arlethe foi José Roberto e veio um atráz do outro, até completar seis. Dulce morou uma época em Governador Valadares, mas depois morou perto de casa e depois foi para maruípe, residir em uma casa própria, Moltom trabalhava na Vale sabia mais do que muito engenheiro formado.

2 comentários:

  1. Rsrsrsrsrsrs.....vida dura eim mãe!!!!!Como pode lembrar disso tudo com tantos detalhes???Foi o óleo de rícino??? Conta mais ...conta maissssssss!!

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  2. Meu pai do céu!! Realmente! Quantas lembranças!!! Adorei o vestidinho de tio Arildo, me "poquei" de rir!

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