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sábado, 15 de janeiro de 2011

Nossos amigos

Mais adiante encontrávamos a fazenda dos Palassi. Uma vez por ano eles faziam um piquenique e reuniam toda a cidade. Na véspera todos aprontavam o que faziam de melhor. Era frango assado, pastéis, bolos frutas, tudo de bom! Chegando na fazenda iam colocando tudo sobre uma mesa armada no pasto e todos comiam de tudo, sem saber de quem era. Além das brincadeiras, para todos era um dia divertido e esperado.

Saindo de casa, para a esquerda, a casa mais próxima era de Seu Oderico e D. Davina, eles tinham vários filhos e eram nossos companheiros de brincadeira. No terreno da casa deles tinha uma bacia de madeira de ensacar café, quando não estava sendo usada, brincávamos de escorregador. No quintal tinha sempre um monte de palha de café que parecia não ter fogo, mas o fogo estava lá e queimava dias e dias. Um dia Arlethe, minha irmã, pisou na beirada do monte de café e ficou com uma queimadura, que depois ficou uma cicatriz para sempre.

Depois da casa do Seu Oderico, vinha a casa  dos Lirio, do Zaganelli e dos Raiser, uma familia muito querida que sempre nos recebeu muito bem. Do outro lado da linha do trem tinha a casa do Sr. Coriolano, um dos homens mais ricos da cidade. Ao lado da casa verde do Sr. Coriolano tinha a subida para a Igreja. Ao lado da Igreja tinha o Cemitério onde estavam minha irmã Zulmirinha e os pais de mamãe que não conheci.

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